Após um motim, o CPP (Centro de Progressão Penitenciária) de Jardinópolis (a 329 km de São Paulo) registrou fuga em massa de detentos na manhã desta quinta-
feira (29). Ao menos 200 presidiários deixaram o local a partir das 9h, segundo relatos de policiais à Folha.
De acordo com a Polícia Militar, a fuga ocorreu após os detentos atearem fogo em uma das alas do centro de progressão. Superlotado, o local abrigava na última terça (27) 1.864 detentos no regime semiaberto, para uma capacidade de 1.080.
Na fuga, os presos derrubaram uma grade de cerca de quatro metros de altura e fugiram em meio às lavouras de cana-de-açúcar e matas existentes no entorno da prisão. Também estão sendo feitas buscas no rio Pardo, próximo ao CPP. As polícias de cidades próximas, como Ribeirão Preto, Brodowski e Batatais, receberam alertas sobre a rebelião e a fuga em massa. Houve troca de tiros com policiais militares. Não há relato sobre feridos.
O motim e a fuga em massa assustaram motoristas que trafegam pela rodovia Candido Portinari, que passa em frente ao CPP. Os presos Ao menos 80 já foram recapturados, ainda segundo policiais que participam da ação relataram à Folha.
Inaugurado há exatos três anos, o CPP é uma das 21 prisões abertas nos últimos seis anos em São Paulo que apresentam superlotação. A mais recente prisão em São Paulo foi inaugurada em Itatinga, na última sexta (23). Com capacidade para 847 presos provisórios, abrigava 22 na última terça (27).
Os presos recapturados passam por revista na unidade prisional. Apenas de cuecas e com as mãos para cima, eles são revistados antes de entrar no CPP e colocados no pátio, para contagem.
A Tropa de Choque da PM está dentro da prisão, assim como o Corpo de Bombeiros. A Polícia Militar Rodoviária também está na Candido Portinari, que tem trechos com fumaça -o incêndio num canavial não foi controlado. O helicóptero Águia, da PM, está sendo usado na busca aos foragidos.
Presos que não fugiram hastearam lençóis brancos nas grades, e são acompanhados à distância por familiares, que estão no local.
REVISTA
Segundo a SAP (Secretaria de Estado da Administração Penitenciária) informou, por meio de sua assessoria, o tumulto começou durante revista de rotina no CPP.
A secretaria afirmou que não houve reféns e que a situação foi controlada pelo grupo de intervenção rápida, com apoio da PM. Presos recapturados foram encaminhados à Penitenciária de Ribeirão.
Fonte: Folha de São Paulo
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