De acordo com a análise pluviométrica, divulgada pela Gerência de Meteorologia da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (EMPARN),
o mês de julho apresentou uma condição de pouquíssimas chuvas, ocasionando elevados desvios em relação a climatologia pluviométrica para o período.
Para o meteorologista Gilmar Bristot, a estiagem ocorrida nas regiões leste e agreste é consequência direta da condição predominante do vento mais forte de sul/sudeste, que atuou durante grande parte do mês.
A média climatológica para julho variou em torno de 200mm no litoral, de 100 a 150mm no agreste e foi diminuindo em direção ao interior do RN. O que se observou em julho foi uma intensa irregularidade, com baixos valores acumulados, variando de 0mm a 60mm. Esse forte desvio negativo ajudou a comprometer a recarga das lagoas localizadas nas bacias difusas do leste.
AGOSTO
De acordo com Gilmar Bristot, o monitoramento diário e mensal das principais variáveis oceânicas/atmosféricas que influenciam na ocorrência de chuvas no setor leste do Nordeste brasileiro no período de junho a agosto tem mostrado uma evolução que não é favorável.
Isso fica evidente no comportamento dos ventos alísios de sudeste, que tem atuado com intensidade maior do que o normal e com uma predominância de sul/sudeste, o que prejudica a formação de chuvas sobre a faixa leste do Rio Grande do Norte. Para o mês de agosto, segundo o meteorologista da EMPARN, “a tendência é de ocorrência de poucas chuvas devido as atuais condições”.
Ele destaca que um fator importante “é que as águas do Oceano Pacífico começaram a apresentar um resfriamento bastante consistente, evidenciando o fenômeno La Niña. Essa situação deverá permanecer até meados de 2017, o que poderá influenciar de forma positiva na ocorrência de chuvas sobre o Nordeste do Brasil no período chuvoso de 2017”.
Fonte: O Mossoroense
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