A Turquia ordenou a captura do ex-jogador de futebol Hakan Sükür, no âmbito dos expurgos lançados após o golpe de Estado frustrado do mês passado contra o presidente Recep
Tayyip Erdogan, informou a imprensa nesta sexta-feira (12).
A procuradoria acusa o ex-ídolo da seleção nacional de "pertencer a um grupo terrorista armado", em referência à organização do antigo pregador muçulmano Fethullah Gülen, exilado nos Estados Unidos, considerado por Ancara o organizador do golpe, disse a agência pró-governamental Anatolia.
Segundo o relatório, Hakan Sükür deixou a Turquia no ano passado com sua família. Também foi emitida uma ordem de captura contra seu pai, Selmt Sükür, acrescenta.
O ex-jogador de futebol nunca escondeu sua simpatia por Gülen, que, por sua vez, nega qualquer envolvimento no levante militar de 15 de julho.
Sükür, de 44 anos, deixou o país depois de ter sido alvo de uma demanda judicial por insultos contra Erdogan.
O ex-ídolo do Galatasaray e máximo goleador de todos os tempos na Turquia foi eleito deputado em 2011 pelo Partido da Justiça e do Desenvolvimento (AKP), o partido político do presidente islamita-conservador Erdogan.
Mas deixou o AKP em 2013, quando Erdogan rompeu com o influente pregador Gülen, exilado nos Estados Unidos desde 1999, que, até o momento, havia sido seu principal aliado.
O expurgo lançado depois do golpe engloba uma série de instituições e setores da sociedade turca: educação, Justiça, imprensa, meios de negócios e esportivos. Um total de 16 mil pessoas foram detidas e acusadas formalmente e 6 mil seguem em prisão provisória.
Fonte: G1
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