Um tribunal de Istambul emitiu um mandado de prisão contra o pregador exilado nos EUA Fethullah Gulen, acusado por Ancara de
planejar o recente golpe de Estado fracassado, informou nesta quinta-feira (4) a agência pró-governo Anatolia.
O mandado acusa o ex-imã, exilado desde 1999 na Pensilvânia, EUA, de "ordenar a tentativa de golpe de 15 de julho", que sacudiu o poder por algumas horas e matou 272 pessoas.
A medida abre caminho para um pedido formal de extradição do inimigo do presidente Recep Tayyip Erdogan a Washington.
Várias autoridades turcas já reclamaram a extradição de Gulen.
Até agora, Washington pede de Ancara evidências do envolvimento de Gulen na tentativa de derrubar o governo.
A Turquia indicou que já forneceu em duas ocasiões "dossiês" sobre o papel de Gulen no golpe.
O septuagenário, que no passado era um aliado próximo do presidente Erdogan, nega qualquer envolvimento.
A questão de sua extradição promete contaminar as relações turco-americanas.
Nesta quinta-feira, Erdogan prometeu eliminar as receitas de negócios ligados ao clérigo turco, descrevendo suas escolas, negócios e instituições de caridade como "ninhos de terrorismo".
Os negócios são a arena na qual a rede de Fethullah Gulen ainda é a mais forte, disse Erdogan em discurso no palácio presidencial transmitido ao vivo pela TV, prometendo não mostrar misericórdia em uma repressão aos negócios do clérigo.
Fonte: Uol
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