Thiago Pereira não quis saber de polêmicas em relação aos nadadores dos Estados Unidos envolvidos em um suposto assalto
durante os Jogos Olímpicos. Nesta quinta-feira, o nadador brasileiro falou que é preciso apurar o que realmente aconteceu e se de fato for uma brincadeira dos americanos, isso terá sido uma falta de respeito.
"Assisto às coisas, realmente não sei o que aconteceu. Recebo as notícias, recebi essa nova, vou subir e vou fuçar. Se realmente isso não foi verdade, é triste denegrir imagem do Rio, dentro de olimpíada, dentro do país. Sabe, não é mentira para a gente, quanto foi difícil organizar esses Jogos, o quanto Brasil penou. Situação política não é fácil. Economia está tensa. Deu raça para fazer os melhores, receber melhor possível. Se isso não passar de brincadeira, faltou um pouco de respeito com os brasileiros, com a cidade do Rio", disse Thiago. "Tentei falar com Lochte. Mandei mensagem, mas ele não respondeu. Só sei que ele foi para os EUA logo depois", completou.
Thiago admite que foi a uma festa com os americanos antes do suposto assalto acontecer, mas, segundo o brasileiro, ele foi embora com Gabriela Pauletti, sua mulher.
“Me ligaram, falaram que estava junto, eu não estava, fui para o hotel com a Gabi. Me preocupei, está louco, busquei carro para os caras, carro blindado. Dá preocupação em todo mundo, se realmente não foi verdade, é triste. Uma coisa que sempre falo, recorde, medalha, vai e vem. Alguém vai passar, recorde é para ser batido. Respeito é o que precisa estar em primeiro lugar”, afirmou.
Na madrugada do último domingo (14), Ryan Lochte, Gunnar Bentz, Jack Conger e Jimmy Feigen alegaram terem sido vítimas de um roubo em uma falsa blitz policial.
A polícia brasileira começou a desconfiar da história depois de perceber diferença nos depoimentos dos nadadores. Na versão de Lochte, eles estavam voltando para a Vila Olímpica após passarem a noite em uma festa na casa de hospitalidade do time olímpico da França. Neste momento, o táxi teria sido parado por apenas um assaltante, se passando por policial, que teria lhe apontado a arma na cabeça. Lochte disse que teve 400 dólares roubados. Já Feigen contou à polícia que eles foram abordados por alguns elementos, sem saber quantos, e que apenas um deles portava arma de fogo.
A polícia, então, não queria que os americanos deixassem o país até que o caso fosse resolvido, pois gostariam que o caso fosse melhor explicado no intuito de prender os eventuais autores do crime.
Após indícios de que os nadadores poderiam ter mentido em seu depoimento, o que já se trata de comunicação falsa de crime, com pena prevista de um a seis meses de detenção e multa, a polícia evitou as saídade de Bentz e Conger do país - tiveram seus passaportes apreendidos -, mas Lotche já havia voltado aos Estados Unidos.
Fonte: Uol
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