Foi preso na tarde deste domingo (31) João Maria dos Santos de Oliveira, de 32 anos. Apontado pelas forças de segurança do Rio Grande do Norte como um dos
chefes de uma facção criminosa que vem agindo no estado, ‘João Mago’, como é mais conhecido, era considerado foragido desde dezembro do ano passado, quando saiu da Penitenciária Estadual de Parnamirim, na Grande Natal, com o auxílio de um alvará de soltura falso. Segundo o governador Robinson Faria, que anunciou a prisão em uma rede social ‘João Mago’ faz parte do comando dos ataques criminosos que vêm acontecendo no estado desde a tarde da sexta-feira (29).
Antes da prisão de João Mago, a Secretaria de Segurança Pública e da Defesa Social (Sesed) havia confirmado a prisão de 51 pessoas suspeitas de envolvimento nos ataques. A instalação de bloqueadores de celular na Penitenciária Estadual de Parnamirim, na Grande Natal, é apontada pelo governo como motivo para os atentados. Até o momento, pelo menos 54 ataques criminosos foram registrados em 20 cidades do estado nestes últimos dois dias.
A prisão
A prisão de João Mago foi feita em um condomínio residencial no bairro de Nova Parnamirim, Parnamirim, cidade da Grande Natal. Na casa, a polícia apreendeu R$ 300 mil em espécie, tabletes de crack e aparelhos celulares.
Ao ser anunciada, Robinson Faria comemorou a prisão: “A polícia prendeu agora o traficante João Mago, um dos líderes de uma facção que fazia parte do comando dos ataques criminosos. Ele estava com vários aparelhos celular e R$ 300 mil. Era foragido do Presídio Estadual de Parnamirim. Quero parabenizar a polícia pelo grande trabalho que está realizando. Estamos vencendo o crime!", escreveu o governador em uma rede social.
A Sesed ainda reforçou: "João Mago é suspeito de ser um dos articuladores dos ataques registrados desde sexta-feira (29) em vários pontos de Natal e Região Metropolitana. Após a prisão, o suspeito foi levado para a 4ª Delegacia de Polícia, em Mãe Luíza.
A liberdade
João Maria dos Santos de Oliveira foi posto em liberdade no dia 7 de dezembro de 2015. Encarcerado na Penitenciária Estadual de Parnamirim, ele deixou a unidade pela porta da frente após a direção da unidade receber, por e-mail, um alvará falso. Na ocasião, a Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejuc) disse que iria investigar o caso.
O alvará de soltura, então assinado pela juíza Maria Nivalda Neco Torquato, da Comarca de Nísia Floresta, foi enviado por um e-mail da Coordenação de Administração Penitenciária. "O presídio disse que recebeu um e-mail com o alvará de soltura da Coordenação de Administração Penitenciária (Coape). Ao mesmo tempo, a Coape negou ter enviado o referido e-mail", explicou o então secretário Cristiano Feitosa, titular da Sejuc na época.
Ainda de acordo com Feitosa, a Coordenadoria de Tecnologia da Informação e Comunicação (Cotic), vinculada à Secretaria Estadual de Administração e Recursos Humanos, iria tentar identificar a máquina que enviou o e-mail com o alvará. "Assim poderemos saber se o e-mail foi enviado de dentro ou de fora da Sejuc", detalhou.
No sistema eletrônico do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte constam contra João Maria dos Santos condenações por latrocínio, roubo majorado e associação criminosa.
Fonte: G1
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