França. Maracanãzinho. Jogo decisivo. A cena remetia a uma situação doída, vivida há um ano. Aquela derrota logo no primeiro confronto da fase final da Liga Mundial custou a eliminação prematura do Brasil. E virou um
marco para o grupo. A lição aprendida não foi esquecida. Baixar a guarda e a energia contra Ngapeth & Cia. nunca, jamais, em tempo algum. E foi o que a seleção fez na noite desta segunda-feira. Entrou em quadra sob forte pressão, tendo que derrubar aquele gigante jovem e abusado para se manter viva no torneio olímpico. Foi para cima, escolheu os golpes certos e levou os campeões europeus à lona: 3 sets a 1, parciais de 25/22, 22/25, 25/20 e 25/23.
A tensão dos últimos quatro dias ficava para trás. O time se reerguia depois de reveses para os EUA e a Itália. Depois de ter ficado sob ameaça de repetir o pior resultado de sua história: um nono lugar nos Jogos da Cidade do México 1968. Com a vitória, terminou na quarta colocação do Grupo A e enfrentará a Argentina, primeira do B, nas quartas de final na próxima quarta-feira, às 22h15 (horário de Brasília). Os italianos vão medir forças com o Irã. Quem passar do confronto sul-americano pega o vencedor de Rússia x Canadá. O outro será entre Polônia e Estados Unidos.
- Senti alívio. A situação era difícil e o time respondeu bem, teve atitude. Em certo ponto eu até queria conter a torcida. Era prematuro gritar ''o campeão voltou''. Ainda é, na verdade. Importante que a torcida viu uma atitude diferente do time. E o Brasil soube fazer isso contra uma grande equipe. Se a gente olha para a França, até seis meses atrás era considerada a favorita para levar o ouro. Mas começou mal, também entrou pressionada e sucumbiu no final - analisou Bernardinho após o fim da partida.
Fonte: Globo Esporte
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