A eleição para a prefeitura de Karachi, maior cidade do Paquistão, terminou na última quarta-feira (24) com a vitória de Waseem Akhtar, o candidato do partido
Movimento Nacional Unido (ou MQM, na sigla em paquistanês). A situação de Akhtar, porém, é incomum. Ele está preso desde 19 de julho, acusado de conspirar em favor de terroristas. Segundo o jornal espanhol "El País", o prefeito eleito pretende governar por trás das grades a cidade, considerada o centro financeiro do Paquistão, e que tem uma população estimada em entre 15 e 18 milhões de habitantes.
"Não sou um prefeito do MQM. Vou trabalhar por Karachi. Sou o prefeito de Karachi", afirmou Akhtar, em discurso no dia da eleição, segundo informações do jornal local "Dawn".
No discurso, segundo o jornal, ele também disse que todas as acusações que enfrenta são motivadas politicamente, e que não há provas contra ele. "Continuem protocolando casos contra mim, vou enfrentar todos eles", disse. Ele sofre várias denúncias de incitação ao ódio e por prestar assistência médica a criminosos e terroristas.
De acordo com o "El País", o advogado do prefeito eleito afirmou que ele "abrirá um escritório na prisão e dirigirá suas reuniões por videoconferência". O jornal diz, porém, que não há informações confirmadas sobre se isso de fato vai acontecer.
A posse do prefeito eleito está marcada para a terça-feira (30), mas não se sabe se a Justiça, que já lhe negou a liberdade sob fiança, permitirá a posse.
Fonte: G1
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