Os muçulmanos que vivem nas Filipinas manifestaram preocupação com a decisão do prefeito Amadeo Gregorio Perez, da cidade de
Urdaneta, na província de Pangasinan, de forçar milhares de pessoas a abandonar o assentamento.
O Manila Times informou que o prefeito culpou os muçulmanos pelo tráfico de drogas na região e determinou a todos que professam a fé islâmica que deixem a área em três semanas.
O prefeito afirmou que a maioria dos crimes na área, principalmente os assassinatos, roubos e estupros, está ligada a traficantes de drogas. Ele alegou que 84% dos 5 mil muçulmanos que residem na área estão envolvidos com o tráfico de drogas. Muitos são empregados na autarquia local.
A economia de Urdaneta é fortemente dependente das empresas dirigidas por muçulmanos. O prefeito declarou, no entanto, que a expulsão de toda a comunidade religiosa, incluindo famílias com mulheres e crianças, é essencial “para parar a proliferação de drogas ilegais”.
O governador da Região Autônoma Muçulmana de Mindanao, Mujiv Hataman, disse que “gostaria de acreditar que isso não é verdade, porque não é mais que discriminação”. Ele observou que as provas apresentadas ao prefeito são um absurdo e que expulsar toda a comunidade muçulmana da área não vai acabar com o crime.
De acordo com a Associação Muçulmana de Urdaneta, vários grupos muçulmanos já deixaram a cidade em busca de um lugar mais acolhedor para viver.
Fonte: Portal Noar
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