Um homem de 43 anos e um jovem de 20 anos foram presos no domingo (14), em Campo Grande, suspeitos de estuprar uma adolescente de 16 anos, que é filha
e irmã deles, respectivamente. Eles prestaram depoimento na Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (Depac) nesta segunda-feira (15) e negaram o crime.
O caso começou a ser investigado depois que a menina foi internada em um hospital de Coxim, a 257 km de Campo Grande, com sangramento e dores, segundo o delegado Paulo Sérgio Lauretto, responsável pelo caso. No hospital, foi constatado que ela tinha objetos estranhos no útero.
"Ela tinha hemorragia e dores abdominais. Ela disse que passou por um processo de aborto. Os médicos que a atenderam viram que ela tinha corpos estranhos no interior do útero", disse Paulo Sérgio Lauretto.
A menina foi transferida para a Santa Casa de Campo Grande, onde passou por um procedimento para retirar objetos do útero, que teriam sido introduzidos pelo pai e irmão dela, segundo a polícia. A garota disse em depoimento que os materiais seriam restos de um tudo de lubrificante, que foi colocado pelo irmão com ajuda do pai, quando ela tinha 10 anos.
"Ela disse que os abusos propriamente ditos seriam nessa época. Ela disse que não chegou à conjugação carnal, mas o pai passava a mão pelo corpo e nas partes íntimas. E diz que ele continuou com essa prática até pouco tempo. Com relação ao irmão, também", explicou o delegado.
Atualmente a menina mora com a tia. A polícia quer saber se a mulher tinha conhecimento do caso e não denunciou. A adolescente contou que os abusos começaram por parte do irmão, segundo o delegado.
"Ela disse que perdeu a mãe quando tinha 10 anos. Como o pai morava com outra mulher, ela ficou morando sozinha com o irmão. Então, esse irmão começou os abusos. A menina disse que depois de um certo tempo o pai pediu a guarda dela. Aí ele teria começado a abusar também."
Paulo Sérgio Lauretto diz que a menina está internada na Santa Casa de Campo Grande. O material retirado pelos médicos vai ser encaminhado para perícia. A garota deve ser ouvida, assim como familiares que convivem com ela.
Fonte: G1
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