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quarta-feira, agosto 17, 2016

Jornalistas norte-americanos criticam a estrutura do Rio para a cobertura

http://cidadenewsitau.blogspot.com.br/Um artigo do Poynter Institute, um centro de formação de jornalismo da Flórida, reuniu a opinião de jornalistas que estão cobrindo a Olimpíada sobre a organização da
Rio 2016: “uma mistura de caos e surpresa”.

O texto é assinado pelo repórter esportivo Ed Sherman, que escreveu por 27 anos para o jornal americano "Chicago Tribune". Ele pediu a opinião de alguns colegas de profissão sobre logística no Rio e perguntou se as previsões de “desgraça e melancolia” realmente se tornaram realidade após o início dos Jogos.

Christine Brennan, colunista do "USA Today", que está cobrindo sua 17° Olimpíada, disse que ficou bastante preocupado com a segurança do evento, após o assalto ao nadador Ryan Lochte, no domingo (14). Contudo, sua maior queixa, até agora, é em relação ao sistema de transporte.   

"A sinalização de rua é a pior que eu já vi em qualquer outra Olimpíada. Outro dia, eu fui para o Complexo Esportivo de Deodoro para cobrir a equipe feminina de hóquei dos EUA e ninguém, ninguém tinha ideia de onde era o estádio. Não havia placas, nem nada. Eu achei, mas não foi fácil".

Já John Cherwa, do "Los Angeles Times", em sua nona cobertura de Jogos, cravou: é o pior trabalho de um comitê organizador.

"De longe, o maior problema é o transporte. Os ônibus não chegam e partem no horário marcado. Os motoristas param constantemente para pedir informações de rotas. É como se eles tivessem contratado uma pessoa que só trabalhou em Atlanta".

Cherwa, segundo o Poynter, não é um fã desses Jogos. “No final, nós vamos conseguir, mas eu ouvi a frase ‘essa é minha última Olímpiada’ mais do que nunca”.

Gary D’Amato, do "Milwaukee Journal-Sentinel", em sua 10° Olimpíada, considerou que a cobertura prévia da Rio 2016 foi exagerada. Segundo ele, a preocupação com a zika, violência, poluição das águas foi além da necessária.

“Sim, são problemas reais e há preocupações para os moradores do Rio, mas nós (atletas e mídia) somos visitas por três semanas aqui. Eu acho que vamos sobreviver".

Até agora, D’Amato disse que não viu um único mosquito no Rio e que se sente seguro trabalhando. Sua única reclamação, no entanto, é a falta de variedade de comida e a falta de banheiros na arena do basquete.

O novato em Olimpíada do "Chicago Tribune", Chris Hine, se sente seguro nos Jogos do Rio, mas também reclamou da demora do transporte.

“Às vezes você tem que esperar muito tempo o ônibus para ir de um lugar para outro, mas, às vezes, você acha outra alternativa, como andar ou táxis.”

Fonte: G1

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