Ao menos 12 recém-nascidos morreram no início da manhã desta quarta-feira (10) em um incêndio provocado por um curto-circuito em um dos maiores hospitais da capital
iraquiana, Bagdá, segundo o último balanço divulgado pelas equipes médicas e de segurança iraquianas.
O porta-voz do ministério, Ahmed al-Rudaini, afirmou que foram resgatados do hospital Yarmuk 29 mulheres e sete crianças, segundo a Efe. Outros três bebês estão sendo tratados por asfixia, relatou a France Presse.
Os serviços de segurança isolaram o perímetro enquanto as equipes médico-legais inspecionavam a sala incendiada. Irritados, os familiares se concentraram em frente ao estabelecimento à espera de mais informações das autoridades.
Devido aos poucos dias de vida dos falecidos e dos danos causados pelo fogo, os cadáveres eram difíceis de identificar, o que aumentava a dor de pais e parentes.
Um Ahmed se dirigiu ao hospital Yarmuk para visitar uma parente que tinha acabado de ter um filho. O recém-nascido morreu no incêndio e ela sofreu queimaduras, explicou.
"Disseram-nos: 'você o encontrará na câmara frigorífica'. Eu o encontrei em uma pequena caixa de papelão, mas não estou certa nem mesmo se é a criança", declarou Um Ahmed, vestida de preto.
Incubadora queimada no incêndio no hospital Yarmuk, em Bagdá, no Iraque, nesta quarta-feira (10) (Foto: Sabah Arar / AFP)
Embora as primeiras informações apontem um curto-circuito como causa do incêndio, as autoridades formaram uma comissão para apontar o que provocou as chamas.
É possível que o caso intensifique as acusações de corrupção estatal e má gestão, segundo a agência Deutsche Welle. Imagens postadas recentemente nas redes sociais mostram o hospital em estado de abandono, com baratas rastejando entre telhas quebradas, lixeiras trasbordando, banheiros sujos e pacientes deitados em macas no pátio.
"O hospital é muito antigo e não está equipado contra os incêndios", admitiu Jasem Latif al Hijami, responsável pela Direção de Saúde de Bagdá.
No mês passado, as autoridades foram alvos de críticas depois que um atentado suicida em um movimentado bairro da capital matou 320 pessoas.
O ataque, reivindicado pelo grupo extremista Estado Islâmico, provocou um enorme incêndio nas ruas e lojas próximas. As testemunhas denunciaram a lentidão da resposta dos bombeiros.
Fonte: G1
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