Diante de críticas do PT e divergências entre os aliados, a presidente afastada Dilma Rousseff decidiu mudar tópicos da Carta aos
Senadores e ao Povo Brasileiro, que pretende divulgar nesta quarta-feira. Nesta terça à noite, em jantar com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ex-ministros do PT e dirigentes de partidos aliados, Dilma ouviu conselhos para retirar do texto a expressão “golpe” ao se referir ao processo de impeachment.
O tom do documento é alvo de discordância, principalmente entre Dilma e a cúpula petista. Na semana passada, o presidente do partido, Rui Falcão, chamou de “inviável” a proposta de plebiscito popular para antecipar as eleições presidenciais de 2018. O que aborreceu Dilma foi o fato de Falcão classificar a ideia da convocação do plebiscito para antecipar eleições como “artifício para tentar enganar quem não vai ser enganado”.
O ex-ministro da Casa Civil Jaques Wagner disse mais uma vez a Dilma, nesta terça, que ela deve apagar o termo “golpe” do documento, porque os parlamentares podem se sentir ofendidos, o que seria ainda mais prejudicial no julgamento. Até o fechamento desta edição, porém, ainda não estava definido se Dilma manteria ou não o termo.
Para bater o martelo sobre a versão final da carta, Dilma também convidou senadores da base aliada para um almoço nesta quarta, no Alvorada. Lula, por sua vez, pretende se reunir com deputados e senadores do PT para discutir o futuro do partido, as eleições e o provável pós-Dilma.
Fonte: Agência Estado
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