Na noite desta quarta-feira (17), em Van, um policial e dois civis foram mortos. Ao menos 73 pessoas, a maioria civis, ficaram feridas.
O quartel-general da polícia na cidade de Elazig foi alvo de um carro-bomba na manhã desta quinta-feira (18). A explosão, ocorrida no jardim do complexo, onde ficam as casas dos policiais, matou ao menos três e feriu 146 pessoas, segundo o governador local, Murat Zorluoglu.
Os dois ataques foram atribuídos pelo governo turco ao PKK (Partido dos Trabalhadores do Curdistão).
Elazig, reduto nacionalista do leste da Turquia de população não curda, até agora não havia sido afetado pelo conflito entre o Estado turco e os rebeldes curdos.
O PKK realizou ataques frequentes nas últimas semanas. Na última segunda-feira (15), outro atentado com carro-bomba em Diyarbakir, no sul do país, matou oito pessoas —cinco policiais e três civis.
CONFLITO CURDO
O PKK é uma organização que defende um Estado autônomo para os curdos e é considerada terrorista pelo governo do presidente Recep Tayyip Erdogan, que rompeu a frágil trégua com os rebeldes e voltou a fazer bombardeios em regiões de presença curda.
Rebeldes curdos também estão entre os alvos do expurgo político realizado por Erdogan após a tentativa de golpe militar de 15 de julho.
Mais de 40.000 pessoas morreram desde o início do conflito entre o Estado turco e os rebeldes do PKK, em 1984.
EXPURGO
Em mais uma ação do expurgo pós-golpe, o governo do presidente Erdogan realizou nesta quinta-feira operações contra empresas supostamente ligadas ao clérigo opositor Fetullah Gülen, acusado pelo governo se ter orquestrado o golpe de julho —ele nega envolvimento.
A unidade de crimes financeiros da polícia turca emitiu 187 mandados de prisão contra empresários e fez buscas em firmas de Istambul e no interior do país. No início desta semana, 44 empresas já haviam sido alvo de operação que investiga a tentativa de golpe.
Fonte: Folha de São Paulo
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