O prefeito de Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, Reni Pereira (PSB) foi preso pela Polícia Federal (PF) durante a deflagração da 4ª fase da Operação Pecúlio, nesta quinta-
feira (14). Ele é acusado de chefiar o esquema que desviou cerca de R$ 5 milhões em recursos, o maior escândalo de corrupção da cidade, de acordo com os investigadores.
Em nota, a PF informou que cumpriu determinação judicial de afastamento imediato de Reni do cargo público e ele passa a cumprir prisão domiciliar. A ordem foi expedida pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), em Porto Alegre (RS), onde o político responde em segunda instância aos processos referentes a Operação Pecúlio. Na primeira fase da operação, Reni Pereira foi alvo de condução coercitiva a a PF apreendeu cerca de R$ 120 mil na residência do prefeito, além de bloquear os bens dele e de outros envolvidos.
Segundo a PF, o desembargador determinou que a vice-prefeita, Ivone Barofaldi (PSDB), assuma o cargo na gestão do município. Ela chegou a assumir a prefeitura, em junho, quando Pereira pediu afastamento por motivos de saúde.
Além do prefeito, mais de 80 pessoas também são réus no processo, entre eles a primeira-dama e deputada estadual Cláudia Pereira (PSC), eles respondem por crimes de peculato, corrupção passiva, corrupção ativa e fraude a licitações. Reni e a esposa são investigados pelo TRF-4 por ter foro privilegiado.
As investigações, reforçadas por meio de escutas telefônicas autorizadas pela Justiça e quebra dos sigilos fiscais e bancários dos envolvidos, apontaram indícios de interferência de gestores do município, de forma direta e indireta, em empresas contratadas para prestação de serviços e realização de obras junto à prefeitura com quantias milionárias de recursos públicos federais como o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e outros como o Sistema Único de Saúde (SUS).
Os atos ilícitos também foram comprovados por meio de provas apresentadas por colaboradores que fecharam acordos com o MPF, entre eles o ex-diretor de pavimentação da Secretaria de Obras da Prefeitura, Aires Silva, e os empresários Nilton João Beckers, Vilson Sperfeld, Fernando Bijari e Edson Queiroz Dutra.
CPI da Pecúlio
Uma Comissão Própria de Investigação (CPI) foi instaurada na Câmara Municipal de Foz do Iguaçu. Os parlamentares convocaram e ouviram testemunhas durante o mês de junho e chegaram a votar o pedido de afastamento do prefeito, que continuou no cargo por um voto. Para que Reni fosse afastado, era necessário dois terços dos votos dos vereadores. Nove dos 15 parlamentares votaram pelo afastamento, 10 era o número chave.
Fonte: Paraná Portal
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