O Ministério Público Federal (MPF) e o Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) ingressaram com uma ação civil pública cobrando a criação de 3,5 mil novas vagas no
sistema prisional do estado. De acordo com os órgãos, a ação tem como objetivo encontrar uma solução para a superlotação nos presídios potiguares. A ação vai correr na Justiça Federal.
Os ministérios cobram que o Governo do Estado apresente um plano diretor do sistema prisional. Além das novas vagas, o plano também deve contemplar a reestruturação e ampliação das unidades já existentes. Segundo o cálculo usado pelo MPF e MPRN, o sistema penitenciário tem um déficit de aproximadamente 3,5 mil vagas.
A ação também cobra que a União ofereça todo o apoio técnico ao Estado e que destine recursos do Fundo Penitenciário Nacional (Funpen) para a criação e a execução do plano diretor. Também segundo os ministérios, o Funpen tem um saldo de R$ 2,7 bilhões, quantia que não estaria sendo investida.
Sistema em calamidade
O sistema penitenciário potiguar não passa por um bom momento. E faz tempo. Em março de 2015, após uma série de rebeliões em várias unidades prisionais, o governo decretou estado de calamidade pública e pediu ajuda à Força Nacional. Para a recuperação de 14 presídios, todos depredados durante os motins, foram gastos mais de R$ 7 milhões. Tudo em vão. As melhorias feitas foram novamente destruídas. Atualmente, em várias unidades, as celas não possuem grades e os presos circulam livremente dentro dos pavilhões.
Fonte: G1
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