O caso contra José Maria Marin avança no Tribunal Federal do Brooklyn. E o ex-presidente da CBF mantém sua intenção de enfrentar um julgamento e não colaborar com a
Justiça dos Estados Unidos.
A defesa de Marin afirma que o dirigente é inocente, motivo pelo qual não fará nenhum tipo de delação - o instrumento é válido para quem se declara culpado e negocia uma redução de pena. Não é a estratégia do cartola brasileiro.
Terminou nesta quinta-feira, dia 30, o prazo que a promotoria tinha para apresentar ao juiz e aos acusados todas as provas do caso. A defesa de Marin ainda não conseguiu avaliar toda a documentação recebida dos promotores - mas mantém a determinação de sustentar a inocência do ex-presidente da CBF (2012-2015).
A próxima audiência do caso está marcada para 3 de agosto. Até o fim do ano, as partes podem apresentar recursos. A acusação quer começar a formar o júri em fevereiro do ano que vem - a maioria dos advogados de defesa quer atrasar o julgamento por avaliar que há provas demais a serem analisadas.
Além de Marin, há outros cartolas em situação semelhante. Aaron Davidson, ex-presidentre da Traffic nos EUA, Juan Angel Napout, ex-presidente da Conmebol, Eduardo Li, ex-presidente da federação da Costa Rica, Héctor Trujillo, ex-secretário-geral da federação da Guatemala, Brayan Jimenez, ex-presidente da federação da Guatemala, Rafael Esquivel, ex-presidente da Federação da Venezuela e Costas Takkas, ex-secretário-geral da Conmebol.
José Maria Marin foi preso em 27 de maio de 2015 em Zurique, acusado de receber (e distribuir) propinas de empresas de marketing esportivo em negociações que envolviam a CBF e a Conmebol. O cartola foi extraditado para os Estados Unidos em 3 de novembro de 2015 e desde então aguarda julgamento em prisão domiciliar - Marin é dono de um apartamento na Trump Tower, em Manhattan.
No mesmo caso, foram indiciados o atual presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, e o ex-presidente da confederação, Ricardo Teixeira (1989-2013). Ambos estão no Brasil, não viajam mais ao exterior desde que foram indiciados e negam todas as acusações.
Fonte: G1
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