No dia 12 de julho, a secretária estadual de Saúde Pública, Eulália de Albuquerque Alves, visitou três hospitais de Goiás gerenciados por organizações sociais. Eulália
conheceu o Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), administrado pelo Instituto Gerir; o Hospital Alberto Rassi – HGG, cuja gestão é feita pelo Instituto de Desenvolvimento Tecnológico e Humano (Idtech), e o Hospital de Urgências Otávio Lage de Siqueira (Hugol), administrado pela Associação Goiana de Integralização e Reabilitação (Agir).
Segundo notícia publicada no portal do governo de Goiás, a secretária anunciou que, após a visita, daria os primeiros passos para a parceria da gestão dos hospitais públicos com Organizações Sociais no RN. O estado de Goiás possui 17 hospitais gerenciados por OSs e, no ano passado, tentou entregar a gestão das escolas estaduais para estas organizações.
O Sindsaúde é contra a gestão da saúde pública por Organizações Sociais, pois considera que estas são empresas, cujo objetivo principal é o lucro. “As OS são a principal forma de privatização da saúde. O caos não se resolve privatizando, mas garantindo investimento do necessário para que as pessoas recebam o atendimento”, critica Simone Dutra, do Sindsaúde-RN. Segundo dados do setor financeiro da Sesap, o governo estadual deixa de repassar cerca de R$ 19 milhões mensais, necessários para o funcionamento mínimo da rede estadual.
O sindicato também vê uma relação direta entre as OSs e a corrupção, a partir de exemplos como a implantação das OSs na rede municipal de Natal e em denúncias como a do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro, que apurou uso de verbas da saúde para pagar jantares em churrascarias de luxo.
Além das Organizações Sociais (OS), a Sesap vem estudando outras formas de gestão privada, como a entrega de hospitais do interior para a EBSERH, que administra os hospitais federais e a Maternidade Januário Cicco, e o projeto de Parceria Público-Privada (PPP) para a construção de um hospital de Trauma em Natal.
Fonte: O Mossoroense
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