O pedido de Ganso para ser negociado com o Sevilla iniciou um jogo de xadrez no qual o São Paulo já está em xeque. Ficou claro para a diretoria tricolor que, se o meia
não tiver seu desejo de se transferir atendido, ele não irá renovar contrato, deixando o clube de graça em setembro do ano que vem.
A decisão do meia já era esperada pelo Sevilla, que agora coloca suas fichas num acerto entre DIS (braço esportivo do Grupo Sonda), detentora de 68% dos direitos econômicos do jogador, e São Paulo, dono de uma fatia de 32%, para o negócio ser concretizado.
O clube espanhol, que já teve uma oferta recusada pelo São Paulo, como revelou o blog, não aceita pagar mais do que 8 milhões de euros pelo atleta. Age dessa forma sob a justificativa de que seis meses antes do final de seu acordo atual poderá assinar um pré-contrato. Essa quantia é considerada baixa pela direção são-paulina por causa da porcentagem a que o time tem direito.
Os espanhóis acreditam que, após o lance dado por Ganso, São Paulo e DIS vão movimentar suas peças visando reduzir prejuízos. Nesse cenário, a expectativa é de que os são-paulinos tentem convencer a empresa a aceitar pouco menos do que teria direito para que as duas partes não fiquem de bolsos vazios em setembro.
Assim, do jeito que está o tabuleiro hoje, o jogo passou a ser uma disputa para ver quem perde menos dinheiro: DIS ou São Paulo, ou ainda se o Sevilla gasta mais do que planejou para ter o meia.
Em posição confortável está Ganso, que se for para o Sevilla deve receber o equivalente a R$ 683 mil mensais livres de impostos. Hoje ele ganha R$ 300 mil por mês. E, caso não seja vendido, o meia ainda terá grande chance de abocanhar uma bolada de um novo clube em setembro, já que o interessado não terá de pagar pelos direitos econômicos.
A situação marca uma reviravolta na relação entre Ganso, que topa ficar até o fim da Libertadores, e o clube paulista. Por cerca de três anos o jogador esperou renovar contrato e ganhar aumento. Mas, em meio a atuações irregulares, o São Paulo não bateu o pênalti.
O abacaxi acabou ficando com Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, eleito em outubro do ano passado para presidir o clube. Ele viu Ganso subir de produção e agora sente a ameaça de ver os R$ 16,4 milhões investidos no atleta em 2012 virarem pó. Numa negociação por 8 milhões de euros, como quer o Sevilla, os 32% tricolores equivalem a R$ 9,28 milhões.
Fonte: Uol
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