Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC) afirmaram, em um comunicado divulgado nesta quarta-feira (13), que viajantes que
vierem para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro terão uma "probabilidade baixa" de serem infectados pelo vírus da zika.
O órgão observou que os jogos ocorrerão no período de inverno, quando o clima seco e mais frio normalmente reduz as populações do mosquito Aedes aegypti, responsável pela trasmissão da doença.
A quantidade de pessoas que virão para o Brasil devido aos jogos é estimada entre 350 mil e 500 mil, parcela muito pequena (0,25%) do total de viagens feitas para os países afetados pelo vírus da zika em 2015.
Segundo uma análise conduzida pelos CDC sobre o risco de importação do vírus da zika por viagens relacionadas à Olimpíada, quatro países estão especialmente vulneráveis durante o evento: Chade, Djibuti e Eritreia, na África, e Iêmen, na Ásia. Isso porque eles não têm fluxos de viagem para outros países afetados pelo vírus e têm condições ambientais de transmissão da zika por mosquitos.
Os CDC continuam recomendando que mulheres grávidas não venham aos jogos, que os viajantes adotem medidas de prevenção contra picadas de mosquitos e contra transmissão sexual do vírus.
Ministro enviou cartas a atletas
O ministro da Saúde, Ricardo Barros, afirmou nesta terça-feira, que enviou "cartas pessoais" a atletas olímpicos que declararam, nos últimos dias, que não viriam aos Jogos do Rio 2016 por medo de doenças como a dengue e o vírus da zika. Segundo ele, a ideia é "transmitir segurança" aos competidores e garantir a presença do maior número de esportistas no evento.
"Temos pouquíssimos atletas que estão anunciando que não pretendem vir. Tenho mandado cartas pessoais, minhas, a todos eles, pedindo reconsideração, como tenho mandado, também, cartas de agradecimento a muitos atletas e técnicos que estão recomendando que todos venham", disse o ministro.
A declaração foi dada após reunião com representantes diplomáticos de 80 dos 200 países que devem participar da competição. Eles puderam tirar dúvidas sobre os protocolos de saúde e segurança e saíram do encontro com um pedido do governo, de espalhar a "sensação de segurança" ao público.
Golfistas são acusados de usar zika como desculpa
Nas últimas semanas, alguns atletas divulgaram que não viriam aos jogos por causa da zika, entre eles alguns dos principais golfistas do mundo.
O golfista número um do mundo, Jason Day, o segundo do ranking, Dustin Johnson, o quarto do ranking Rory McIlroy e o oitavo Adam Scott são os jogadores top 10 que optaram por ficar fora dos Jogos do Rio.
Eles foram acusados pelo remador britânico Steve Redgrave, dono de cinco medalhas de ouro, de estarem usando o vírus da zika como desculpa para boicotar a Olimpíada porque os grandes eventos de altas premiações importam mais para eles.
Redgrave, que conquistou seus ouros em cinco Olimpíadas diferentes, questionou por que tantos homens, e tão poucas mulheres, decidiram não participar do primeiro torneio de golfe olímpico em 112 anos.
"Acho que eles estão simplesmente usando isso (zika) como uma desculpa por causa de seu calendário cheio. Eles gostam da ideia da Olimpíada, mas na hora H os grandes torneios são muito mais importantes", disse ele à rede BBC.
Fonte: G1
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