Pelo menos sete dos 15 veículos usados pelos suspeitos no mega-assalto à empresa de segurança e transporte de valores Prosegur, em Ribeirão Preto (SP), foram
encontrados na tarde desta quinta-feira (7) em um canavial em Jardinópolis (SP). Segundo a polícia, os veículos eram blindados.
Inicialmente, a Polícia Militar informou que 20 homens participaram do crime na madrugada de terça-feira (5), mas o número pode chegar a 40. Nenhum dos suspeitos foi preso. Um policial militar e um morador de rua foram mortos pelos assaltantes. O valor roubado não foi divulgado.
Os veículos foram encontrados por um funcionário de uma usina, que acionou a polícia logo em seguida. Cinco carros, entre eles dois roubados e dois clonados, uma van e um caminhão-baú estavam abandonados no meio do canavial.
Segundo o major Valdemir Guimarães Dias, todos os veículos foram usados no mega-assalto à Prosegur, na zona norte da cidade. "Com certeza foram usados por eles, tudo indica que seja dessa quadrilha", afirmou.
Munição encontrada
Dentro dos veículos foram encontrados carregadores de submetraladoras e fuzis, além de munições. Todo o material será periciado por uma equipe da Polícia Técnica de São Paulo, que deve chegar a Ribeirão Preto nesta noite.
A cartucheira encontrada, segundo o policial é de grande poder, capaz de carregar até 200 munições. "Era um poderio bélico de guerra, eles estavam com um armamento que é exclusivo do Exército e das Forças Armadas", comentou o policial
40 homens
O major, que também participou da ação contra os suspeitos no dia do assalto, acredita que o número de suspeitos é maior que o informado inicialmente. "Não acreditamos em 20 homens, como foi divulgado, mas de 30 a 40", disse.
A estimativa, de acordo com ele, é baseada nas informações da patrulha que viu o comboio de assaltantes e que avisou a base sobre a ação.
Ataque planejado
O assalto ocorreu por volta das 4h30 desta terça-feira (5) no prédio da Prosegur, que fica na Avenida Saudade, zona norte da cidade. Segundo a Polícia Militar, viaturas faziam patrulhamento quando se depararam com um comboio de 15 carros e um caminhão.
A quadrilha bloqueou as ruas de acesso à avenida usando veículos e espalhou pregos pelas vias para dificultar a aproximação da polícia. Em seguida, atirou contra o transformador de um poste, deixando 2,2 mil imóveis e as ruas do bairro Campos Elíseos no escuro. Moradores de diferentes bairros e vizinhos ao local filmaram a ação.
De acordo com o tenente, o grupo estava fortemente armado e tinha desde pistolas a fuzis 556, 762, ponto 50, uma munição capaz de derrubar aviões. Dinamite foi usada para explodir o prédio e acessar o cofre. Segundo Osinski Junior, a quadrilha estava preparada para enfrentar um batalhão.
Mortes
Na fuga, três dos 15 carros utilizados pela quadrilha foram queimados. Um homem que, segundo a polícia, era morador de rua, foi usado como escudo. Ubiratan Soares Berto, de 38 anos, morreu devido a gravidade das queimaduras sofridas.
Parte do grupo seguiu pela Rodovia Anhanguera e atirou contra a viatura onde estavam o cabo Tarcísio Wilker Gomes, de 43 anos, e um colega. Gomes foi baleado na cabeça e morreu. Ele era casado e pai de um menino de 8 anos. O policial foi enterrado no mesmo dia, em Batatais.
Fonte: G1
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