Um atentado suicida contra edifícios da segurança curda na cidade de Qamichli, no norte da Síria, deixou ao menos 44 mortos e 140 feridos nesta quarta-feira (27),
segundo um balanço divulgado por meios de comunicação oficiais sírios. O Estado Islâmico reivindicou a autoria do ataque, segundo a CNN.
Fontes das Forças de segurança curdas (Assayech) afirmaram à AFP que se trata do maior atentado cometido na cidade, que fica perto da fronteira com a Turquia. Qamichli é controlada principalmente por curdos, mas as forças governamentais sírias cuidam do aeroporto e de alguns bairros da cidade, afirma a AP.
A imprensa local afirmou que um caminhão provocou a primeira grande explosão em um bairro onde há vários edifícios da administração autônoma curda. Minutos depois, uma motocicleta provocou uma nova explosão na mesma área, relatou a Associated Press (AP).
As explosões causaram enormes danos em imóveis e equipes de resgates foram mobilizadas para resgatar vítimas sob os escombros, informou a agência de notícias Sana.
Os hospitais estão lotados, segundo a AFP, e a televisão nacional síria indicou que o governador da província de Hassake, onde se localiza Qamishli, fez um apelo à população para que doe sangue às vítimas nos centros médicos públicos e privados.
O grupo Estado Islâmico se responsabilizou pelos ataques em comunicado divulgado pela agência Amaq, que é ligada aos jihadistas. O grupo extremista realizou vários atentados em áreas curdas da Síria no passado.
Região autônoma
As Unidades de Proteção do Povo Curdo (YPG), a principal força militar curda, anunciaram em março a criação de uma zona autônoma no nordeste da Síria que engloba várias regiões da província de Hassake, segundo a AFP.
Os combatentes curdos estão na linha de frente do combate ao grupo Estado Islâmico (EI) e conquistaram vitórias no norte e no leste da Síria, que levaram os terroristas a responder com ataques suicidas.
Outros ataques
Na terça-feira (26), dois homens que se diziam do Estado Islâmico mataram um padre de 84 anos em uma igreja da Normandia, no norte da França, depois de fazer um grupo refém durante uma missa. O padre foi degolado e outras três pessoas ficaram feridas.
No domingo (24), o grupo jihadista assumiu a autoria da explosão de um homem-bomba que deixou ao menos 21 mortos, em um bairro xiita de Bagdá, no Iraque.
Fonte: G1
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