O fundo de investimento DIS, que detinha parte dos direitos econômicos de Neymar, irá recorrer da decisão do juiz Jose De la Mata de arquivar o processo criminal do
grupo contra o atacante e seu pai por supostos delitos e corrupções cometidos na transferência do astro para o Barcelona.
Em nota oficial à imprensa, a DIS afirma que "apresentará recurso contra a decisão, com o objetivo de demonstrar que os delitos investigados estão efetivamente configurados".
A DIS vê indícios de irregularidade no contrato firmado entre Santos e Barcelona por 17 milhões de euros. Documentos mostram que o valor da negociação do atleta, feita em 2013, já bateu a casa dos 90 milhões de euros (R$ 385 milhões), segundo advogados que cuidam do caso.
Conforme decidiu a Justiça espanhola, nesta quinta-feira (8), a família de Neymar não cometeu crime ao negociar com o Barcelona pelo menos dois anos antes do acerto definitivo (em 2013). Isso porque o então presidente do Santos, Luis Álvaro de Oliveira, assinou um documento autorizando a família do jogador a negociar com o clube espanhol.
O Tribunal, portanto, considerou que havia consentimento do Santos quanto aos contatos feitos por Neymar e Barcelona durante todo o processo.
Por essa razão, o processo na esfera criminal foi arquivado. No entanto, o Tribunal espanhol manteve o processo na esfera cível movido pela DIS por conta da incompatibilidade nos valores envolvidos na transação.
A promotoria espanhola colocou como réus no caso os dirigentes do Barcelona, Josep María Bartomeu e Sandro Rosell, os pais do atacante, Neymar e Nadine, os ex-dirigentes santistas, Luis Álvaro de Oliveira e Odílio Rodrigues, além de Barcelona e Santos como pessoas jurídicas.
Fonte: Folha de São Paulo
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