Em sua primeira apresentação como técnico da seleção brasileira, Tite preferiu não citar o manifesto assinado por ele há cerca de seis
meses, no qual ele pediu a renúncia do presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), Marco Polo Del Nero. A partir de agora, o cartola passa a ser seu chefe. Vale destacar que, diferentemente de outros eventos na entidade, os diretores não foram à mesa de apresentações.
Em entrevista já no Rio de Janeiro nesta segunda-feira (20), o agora ex-comandante corintiano disse que pediu autonomia e citou palavras como modernização e transparência para justificar o sim à seleção.
"Essa é a minha atividade e é o convite que me foi feito: para ser técnico da seleção brasileira de futebol. Entendo que essa atribuição é a melhor maneira que eu tenho para contribuir naquilo que tenho ideia e foi minha vida. Transparência, democratização, excelência, modernidade... É a forma que eu penso e trago para o futebol. O meu legado pode falar a respeito que eu conduzi. E sou dessa forma em todas as áreas", disse Tite, para depois completar.
"Quando houve o convite para a conversa, acertamos depois do desligamento no Corinthians. Eu queria autonomia de direcionar a nós todos a busca de excelência no melhor do futebol. É isso que eu sei fazer, é essa contribuição que eu posso dar. Me reformatar e me reorganizar quanto técnico. E a maneira que eu tenho de contribuir é ter minha autonomia para desenvolver o futebol. É uma responsabilidade muito grande. Democratização, transparência, modernização", repetiu.
No aspecto pessoal, Tite citou que seria importante para ele ter a seleção brasileira no currículo e admite que teve certo "frio na barriga" nos últimos dias ao pensar seu novo cargo.
"A perna estava balançando, vivo com a expectativa. É o lado humano que nós temos. É que todos, inclusive o Neymar, quer o bem da seleção. Compete a nós encontrarmos o melhor caminho, buscar isso. E começo a trabalhar e potencializar o melhor caminho".
TITE EXPLICA NÃO ÀS OLIMPÍADAS E ADMITE CHANCE DE FICAR FORA DA COPA
O comandante ainda anunciou que já viaja para os Estados Unidos para acompanhar o jogo entre Colômbia e Chile, na próxima quarta-feira (22), em Chicago, na semifinal da Copa América.
Ele também justificou o fato de recusar assumir o time olímpico, que busca o ouro inédito em agosto. "Se ganhar, louros para caramba. Se perder, eu já teria a desculpa pronta. Assumi em cima da hora. E qual é a prioridade? Classificação e os dois próximos jogos. Preciso ir, ajustar, estar dentro dessa situação o mais rápido possível".
"O foco é a classificação no Mundial e não estamos em uma zona de classificação. Vamos trabalhar em cima disso. Mas claro que corre o risco (de ficar fora). Se tu não aceitar, você vai estar lutando contra a realidade. Estou aqui porque infelizmente o resultado não veio. É um fato real. Mas há toda uma qualidade para que a gente cresça e busca essa situação. É assim nas equipes e também vejo assim em seleções".
Fonte: Uol
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