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quinta-feira, junho 30, 2016

Polícia Federal prende suspeitos de tráfico internacional de drogas

http://cidadenewsitau.blogspot.com.br/Policiais federais que participaram da Operação Quijarro, de combate ao tráfico internacional de drogas cumpriram, até o fim da tarde desta quarta-feira (29), prenderam
12 pessoas preventivamente. Foram expedidos 14 mandados de prisão preventiva, mas dois não foram cumpridos: um em São Paulo e outro em Presidente Prudente, em São Paulo. Dois suspeitos estão foragidos. Ao todo, a operação cumpriu 79 mandados judiciais contra suspeitos de integrar uma quadrilha que vinha agindo no Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul. 
O balanço da ação indica que foram cumpridos 17 mandados de busca e apreensão em imóveis, 43 de busca e apreensão de veículos e 7 de condução coercitiva (quando a pessoa é levada a depor e depois é liberada). Foram apreendidas escrituras públicas de imóveis, documentos de veículos, aparelhos celulares e mídias digitais. A Polícia Federal não conseguiu cumprir os mandados de prisão em São Paulo e 
A Polícia Federal ainda prendeu duas pessoas em flagrante por porte ilegal de arma em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba, e uma em Vinhedo, no interior de São Paulo.
Movimentação de drogas
A quadrilha alvo desta operação tinha um "sistema sofisticado" para criar fundos falsos nas carretas e caminhões que faziam o transporte de cocaína entre o Brasil, Bolívia, Colômbia e Espanha, segundo o delegado Elvis Aparecido Secco. Doze pessoas foram presas.
Os criminosos atuavam com uma frota de 70 veículos e costumavam movimentar aproximadamente duas toneladas de entorpecentes por mês entre o Brasil e o exterior.
"Os compartimentos eram acionados por sistema hidráulico e eram muito bem feitos, tanto que parte das apreensões de cocaína só foram descobertas depois de passar por equipamento de raio-x", declarou o delegado.

Conforme Elvis Secco, para disfarçar a irregularidade, os caminhões transportavam cargas lícitas na tentativa de driblar a fiscalização. Para a Europa, por exemplo, os criminosos costumavam utilizar minério de ferro. Os caminhoneiros sabiam do esquema ilícito.
Um casal, responsável pelas operações ilícitas na Bolívia, foi preso no decorrer das investigações, que começaram em janeiro de 2015. "Esses traficantes estavam foragidos do país e foram identificados a partir de investigações da PF aqui do Brasil. Os dois eram os traficantes mais procurados da Bolívia", acrescentou o delegado Elvis.
O nome da operação foi batizado de Quijarro, uma referência à cidade boliviana que faz fronteira com Cortumbá e de onde partia a droga para o Brasil. As cidades onde ocorreram as investigações são Londrina e Araucária, no Paraná; Corumbá, no Mato Grosso do Sul; e Martinópolis, Presidente Prudente e capital, em São Paulo. A ação contou com a participação de 150 policiais federais.

Além de tráfico internacional de drogas, também estão sendo investigados crimes como lavagem de dinheiro, associação para o tráfico, falsificação de documentos públicos e privados, furto, roubo, homicídio e organização criminosa. Se forem condenados, os presos poderão cumprir mais de 20 anos de prisão.

Como funcionava o esquema
O principal grupo transportador de drogas atuava em uma sede em Londrina. Esse grupo fazia o transporte da cocaína para fornecedores de Corumbá, na fronteira com a Bolívia, até a cidade de Vinhedo, em São Paulo. No local, a droga era descarregada, colocada em outros veículos e distribuída para os outros países.

Um dos detidos em Araucária tem 32 antecedentes criminais e 12 condenações por roubo e furto, segundo o delegado Elvis Secco. O líder da quadrilha Claudinei de Jesus foi preso em Londrina, no norte do estado. O G1 tenta contato com o advogado dele.

Ao longo desse período, a PF apreendeu quatro toneladas de cocaína. Desse total, 1.441 mil quilos foram apreendidos de uma só vez. O volume representa a terceira maior apreensão desse tipo de droga já realizada no país.

Catorze carretas também foram apreendidas, algumas em nome de parentes dos criminosos. Conforme o delegado Secco, a quadrilha fazia isso para driblar ainda mais as fiscalizações.

"Essa era uma tática utilizada principalmente pelo líder da quadrilha. Padrasto, irmão, cunhado, sobrinho, a mulher sabia, a mãe sabia, todo mundo sabia do esquema. Só não foram pedidas mais prisões porque nós queríamos elementos somente para pedir as prisões preventivas e vinculadas a cada transporte", explicou.
Apreensões
Também foram sequestrados cerca de 10 milhões de dólares do núcleo boliviano da quadrilha e foram identificados no Brasil os imóveis que eram utilizados como uma espécie de depósito de carregamento, descarregamento e confecção de fundos falsos.

Sete imóveis no Brasil já foram identificados e diversas contas bancárias dos investigados também foram bloqueadas.

Fonte: G1

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