O ministro do Turismo, o potiguar Henrique Eduardo Alves, foi acusado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, de ter se beneficiado das propinas do
Petrolão em troca de favores para a empreiteira OAS.
O caso é de abril, quando Janot enviou ao STF manifestação sigilosa sobre o assunto. Nesta segunda, no entanto, o jornal Folha de S.Paulo detalhou o despacho do PGR.
“Houve, inclusive, atuação do próprio Henrique Eduardo Alves para que houvesse essa destinação de recursos, vinculada à contraprestação de serviços que ditos políticos realizavam em benefício da OAS”, escreveu Janot.
“Tais montantes (ou, ao menos, parte deles), por outro lado, adviriam do esquema criminoso montado na Petrobras e que é objeto do caso Lava Jato”, completou.
Segundo a denúncia, parte dos recursos teriam abastecido a campanha a governador de Henrique Alves, em 2014.
Como o processo se encontra oculto, não há informações se houve decisão do ministro do Supremo Teori Zavascki pela abertura do inquérito. As suspeitas são de corrupção ativa, passiva e lavagem de dinheiro.
Alves, segundo a PGR, prometeu ao comando da OAS atuar junto ao Tribunal de Contas da União e ao Tribunal de Contas do Rio Grande do Norte, onde a empreiteira tinha pendências.
As mensagens também citam diversos encontros dos empreiteiros com Alves.
Na prestação de contas da campanha de Alves, há o registro do recebimento de R$ 650 mil da OAS. Além disso, outros R$ 4 milhões, doados pela Odebrecht, são considerados suspeitos por Janot, porque as doações teriam sido feitas a pedido de Cunha para um posterior acerto da Odebrecht com a OAS.
À Folha, Alves disse que suas contas eleitorais foram aprovadas pela Justiça Eleitoral. Ele ainda não se manifestou ao portalnoar.com a respeito da matéria.
Fonte: Portal noar
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