A Polícia Federal cumpriu nesta quarta-feira (1º) 38 mandados na Operação Caixa Preta, que prendeu dois gerentes e investiga fraudes
que geraram prejuízos de mais de R$ 50 milhões à Caixa Econômica Federal no Ceará. Foram 15 mandados de prisão temporária e 23 de busca e apreensão, um deles cumprido em Recife, capital pernambucana.
No total, 13 pessoas foram presas e duas seguem foragidas. A Polícia Federal não divulgou o nome dos suspeitos de envolvimento no caso.
De acordo com a Polícia Federal, o alvo da operação é um grupo criminoso formado por empregados públicos da Caixa, empresários, contadores e pessoas físicas que figuram como sócios “laranjas” de empresas de fachadas, criadas para obtenção de empréstimos fraudulentos ou destinatárias dos recursos.
"Nós apuramos, em 2014, 14 empréstimos fraudulentos, nós aprofundamos as investigações, e as fraudes ocorriam em mais de 400 empréstimos, nas agências do Náutico e Francisco Sá [em Fortaleza]", explica o delegado da Policia Federal Gilson Mapurunga. Segundo o delegado, em um único empréstimo fraudulento, os suspeitos adquiriram quase R$ 5 milhões.
Gerentes presos
Os 15 mandados de prisão resultaram na prisão de dois gerentes, um deles já havia sido preso na Operação Fidúcia. Segundo a Caixa Econômica, os gerentes já foram demitidos de suas unidades.
"Ficou bastante evidente a participação de gerentes que atuavam no sentido de romper qualquer obstáculo que pudesse impedir esses empréstimos", relata o delegado Welington Santiago.
As investigações apontam que a organização criminosa agia inicialmente aliciando pessoas para integrar o quadro societário de empresas de fachada. Na sequência, o grupo ocupava-se da elaboração da documentação falsa para instruir os pedidos de empréstimo.
Crimes cometidos
O grupo é suspeito de crimes de estelionato, falsidade ideológica, uso de documento falso, peculato, corrupções ativa e passiva, crime financeiro, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
O nome da operação, Caixa Preta, é referente ao trabalho desenvolvido pela auditoria da Caixa Econômica Federal que, por meio do monitoramento dos contratos de empréstimos, constatou fraudes em diversas operações de créditos relacionadas à mesma organização criminosa.
Fonte: G1
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