Uma das adolescentes que, segundo a Polícia Civil do Estado do Pará, teria sido estuprada pelo jogador Jobson, prestou novo
depoimento às autoridades policiais e negou que tenha mantido relações sexuais com o atleta.
De acordo com a nova versão da adolescente de 13 anos, segundo informações da Secretaria de Segurança do Pará, a jovem esteve presente em uma festa organizada por Jobson em uma fazenda de sua propriedade no Estado do Tocantins, mas não fez sexo com ninguém, e teria dito o contrário na delegacia por "pressão de amigas e do ambiente".
O atacante Jobson foi preso no último dia 23 acusado de estuprar quatro adolescentes. Segundo a assessoria de comunicação da Polícia Civil, Jobson não ofereceu resistência à prisão, ocorrida em sua chácara na cidade de Couto Magalhães, no oeste de Tocantins. O jogador, de 28 anos, (que está suspenso do futebol até 2019) é investigado também por ter supostamente estuprado ainda uma quinta jovem, a polícia ainda apura as circunstâncias deste episódio.
Duas das quatro jovens que estavam na festa foram submetidas a exames periciais, cujos resultados apresentaram indícios de relação sexual. Elas estariam inconscientes quando as relações ocorreram.
As outras duas adolescentes confirmaram também as relações, mas alegaram, em depoimento, que consentiram com o ato. Afirmaram, porém, que estavam sob efeito de bebidas alcoólicas e substâncias entorpecentes colocadas na bebida.
Ainda que não estivessem inconscientes, manter relações sexuais com menores de 14 anos é considerado crime de "estupro presumido" no Brasil. Pela lei penal brasileira, uma pessoa menor de 14 anos não possui o discernimento necessário para decidir manter uma relação sexual. Assim, ainda que ela faça sexo consensual com alguém maior de idade, tal ato é considerado estupro.
De acordo com a Polícia Civil do Pará, o novo depoimento de uma das jovens não deverá alterar a situação criminal do atacante, que segue preso preventivamente. Isso porque há exames científicos que confirmam a relação sexual. Falta identificar se foi Jobson quem praticou o ato, como já chegaram a contar as adolescentes.
O atacante, por sua vez, diz que é inocente. "A minha chácara é uma chácara de família, minha mãe inclusive está lá. Isso é uma acusação ridícula. Em nenhum momento tive relação com essas meninas. Quero exames, vamos fazer exames", declarou o atleta, em entrevista divulgada neste domingo pelo programa "Fantástico", da Rede Globo.
"Para mim, está sendo uma palhaçada isso aí. Quando você faz alguma coisa (errada), você esconde a cara, cobre a cara com um pano. Minha cara está aqui, eu não fiz isso", completou.
A emissora entrevistou também uma das adolescentes que acusa Jóbson de estupro. A jovem afirmou que a chácara do atleta, com passagens por Botafogo, Bahia, Grêmio Barueri e São Caetano, era ponto de encontro para relações sexuais e consumo de bebidas alcoólicas, inclusive envolvendo menores de idade.
"Na chácara, acontecia que a gente ia para lá, bebia e rolava orgia", diz a adolescente, que diz ter tido imagens de relações sexuais divulgadas por telefone celular. "Foi do celular dele. Até hoje estou desesperada - minha família, minha mãe. Na escola, onde eu vou, tem piadinha", declarou.
Fonte: Uol
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