Um universitário de 21 anos denunciou nas redes sociais um suposto estupro no Campus Samambaia da Universidade Federal de Goiás (UFG), em
Goiânia. O caso mobilizou internautas e a hashtag #UFGSePosicione está entre os assuntos mais comentados do Twitter. No entanto, o abuso ainda não foi registrado na Polícia Civil.
O caso aconteceu na noite de terça-feira (15). Ao G1, o universitário que fez a denúncia conta que estava no estacionamento da Faculdade de Informação e Comunicação (FIC) quando viu um carro Volkswagen Gol preto deixar uma “jovem dopada” no local. O rapaz, que não quer ser identificado, disse que a estudante estava com a roupa rasgada e o cabelo bagunçado.
Ao ligar o farol para ver melhor o que estava acontecendo, o rapaz conta que o motorista do carro fugiu e a jovem correu para dentro do banheiro.
“Entrei no banheiro e vi que ela estava lavando a genitália na pia. A segurei e perguntei o que aconteceu, mas ela me deu murros e me pediu para sair, pedindo socorro. Ela estava muito assustada comigo, com a presença masculina. Então fui atrás de alguém para pedir ajuda, mas não tinha ninguém na faculdade. Não achei nenhum guarda”, relatou o universitário.
O estudante contou que, ao voltar à FIC, não encontrou mais a suposta vítima de estupro. Segundo o rapaz, ele resolveu publicar o caso nas redes sociais para pedir ajuda.
“Postei no Twitter para ver se tinha mais alguém no campus. As pessoas começaram posicionar com #UFGseposicione pedindo segurança. Não é a primeira vez que acontece violência no campus. Uma aluna que estava em outra parte do campus foi atrás de um guarda e pediu ajuda a ele, mas não acharam a vítima”, declarou.
Jovem denuncia nas redes sociais suposto estupro em campus da UFG (Foto: Reprodução/ Twitter)
Em nota, a Universidade Federal de Goiás informou "que equipes de segurança estão averiguando as informações e verificando imagens de câmeras internas". A UFG solicita que informações sobre o caso sejam comunicadas à Polícia Militar, por meio do serviço 190, ou à Central de Segurança da UFG nos telefones (62) 3521-1337 e (62) 3521-1093.
O tenente da Polícia Militar Gustavo Melo relatou que uma equipe foi ao campus para ajudar a vítima, mas ela não foi encontrada. "Quando chegamos ao local, conseguimos falar com o pessoal da segurança e eles também estavam procurando essa garota", disse.
Segundo o tenente, pessoas que estavam na instituição disseram que ela foi vista pela última vez ao sair do banheiro. "Como sabemos, as vitimas de estupro costumam ficar com vergonha, às vezes, mais tarde, poderá aparecer essa vitima", concluiu o policial.
Até as 7h desta quarta-feira (15) o suposto estupro não havia sido registrado na Delegacia de Atendimento Especializado da Mulher (Deam).
Repercussão na web
A denúncia do suposto estupro repercutiu nas redes sociais. No Twitter, o assunto era o mais comentado no início da manhã. "Não é normal um lugar de estudo, pesquisa e produção acadêmica ser antro de crimes como tráfico de drogas, assalto e estupro", declara uma jovem.
Internautas também reclamaram da falta de segurança e iluminação na UFG. "Que as autoridades goianienses e a universidade sejam cobradas pela completa falta de segurança na instituição de ensino", diz uma das publicações.
Denúncia de suposto estupro causou repercussão no Twitter (Foto: Reprodução/ Twitter)
Fonte: G1
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