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terça-feira, junho 21, 2016

Em relatório, MP indicou iminência de fugas do presídio militar do RN

http://cidadenewsitau.blogspot.com.br/O juiz Ricardo Procópio Bandeira de Melo, titular da 3ª Vara Criminal de Natal, foi informado da possibilidade de ocorrerem fugas do presídio militar, como é mais conhecida a Unidade de Custódia
Policial Militar (UCPM), na Zona Norte da cidade. O alerta sobre as fragilidades do local aparece em um relatório elaborado pelo Ministério Público, cujo documento foi entregue no dia 16. No dia seguinte, o policial civil Tibério Vinícius Mendes de França, acusado pela morte do também policial civil Iriano Serafim Feitosa, fugiu da prisão. A cadeia fica no mesmo terreno onde funciona o quartel do Bope, a Cavalaria e o Canil da PM.
O G1 teve acesso exclusivo ao relatório feito pelo MP. Nele, o promotor Erickson Girley Barros dos Santos, da 80ª Promotoria, também pede a transferência de Tibério por entender que o presídio militar “não oferece condições plenas para a contenção dos presos”. Como exemplo, o promotor também relata que “as celas não apresentam a estrutura necessária à contenção dos custodiados, vez que elas não têm laje, permitindo o acesso do preso às baias, facilitando a saída das dependências de custódia de maneira furtiva e desautorizada”. No próprio processo que trata do homicídio, consta um pedido para a "transferência do denunciado para uma unidade prisional adequada".
Em outro trecho do relatório, o promotor cita que “a iluminação externa é ineficiente, dificultando a visibilidade, principalmente durante à noite, da equipe de serviço, vez que não consegue visualizar os arredores do local onde estão os custodiados”.
Outro problema apontado por Erickson Santos é a inexistência de um controle rígido de acesso de visitantes aos presos, “possibilitando a entrada de qualquer tipo de material aos que ali estão, situação esta que pode auxiliar na comunicação do custodiado, a partir da entrada de aparelhos celulares e outros meios utilizados para se ter contato, com terceiros, assim como viabilizar a entrada de material que possa ser utilizado em uma possível fuga”.
O G1 entrou em contato com a asessoria de comunicação do Tribunal de Justiça do RN, mas não conseguiu falar com o juiz Ricardo Procópio. Já a Polícia Militar, limitou-se a dizer que instaurou um inquérito para apurar como se deu a fuga do policial.

Fonte: G1

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