A relação entre o senador José Agripino e a empreiteira OAS voltou ao foco do noticiário político nesta segunda-feira (13) com a publicação, no Globo, de detalhes
do relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) que integra o inquérito aberto contra o parlamentar, presidente nacional do DEM, no Supremo Tribunal Federal (STF). A movimentação considerada suspeita é de quase R$ 16 milhões, feita entre 2011 e 2014.
As suspeitas são de que o senador teria recebido propina da OAS – e lavado esse dinheiro – em troca de viabilizar a liberação de recursos do BNDES para a empreiteira para financiar a Arena das Dunas. Quando os primeiros detalhes desse caso vieram à tona, no ano passado, Agripino, como agora, negou qualquer irregularidade, informando que o que recebeu da OAS foi registrado na Justiça Eleitoral.
De acordo com relatório da Polícia Federal obtido pelo Globo, a movimentação financeira suspeita foi realizada “exatamente em épocas de campanhas eleitorais (2010 e 2014), fornecendo mais um indício de que os pedidos de doações eleitorais feitos pelo parlamentar à OAS foram prontamente atendidos, e podem ter-se constituído em forma dissimulada de repasse de propina”.
Para a PF, os elementos da investigação até agora fornecem “reluzentes indícios de que, de fato, as obras referentes à Arena das Dunas em Natal, entre 2011 e 2014, passou por diversos entraves perante os órgãos de controle e o próprio banco público financiador do empreendimento, o que corrobora a suspeita de que José Agripino Maia efetivamente atuou com a finalidade de auxiliar a empresa, destinatária do financiamento, na superação dessas dificuldades”. Entre os elementos que confirmam a tese estão diálogos registrados no celular de Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS.
Os investigadores também estão convencidos de que o doleiro Alberto Youssef e os operadores Rafael Angulo Lopez e Adarico Negromonte Filho foram a Natal em mais de uma oportunidade, entre 2011 e 2014, para abastecer o caixa dois da OAS.
Outro lado
Ao portalnoar.com, o senador José Agripino, como já tinha procedido, negou as acusações, na seguinte nota encaminhada por sua assessoria de imprensa:
1- Já me manifestei no plenário do Senado sobre este assunto em discurso proferido no dia 26 de abril de 2016.
2- Meus extratos bancários conciliados com minhas declarações de Imposto de Renda esclarecerão definitivamente a movimentação financeira questionada.
3- Sou acusado de facilitar pagamentos feitos a OAS pelo BNDES. Que força teria eu no BNDES sendo líder de oposição há treze anos?
4- O que desejo é celeridade na apuração dos fatos.
Fonte: Portal Noar
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