O vice-presidente da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), que assumiu provisoriamente o comando da Casa nesta quinta (5) no lugar de Eduardo Cunha (PMDB-
RJ), foi alertado por colegas a agir com discrição, já que ele deve ser "o próximo" a cair. O parlamentar também é investigado na Operação Lava Jato.
TIRO AO ALVO
Deputados amigos de Maranhão acreditam que o parlamentar "vai tomar muita porrada", de acordo com um deles. E, se exagerar, como fez nesta quinta (5) ao se sentar na cadeira de Cunha minutos depois da decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) de suspender Cunha, pode virar alvo ainda mais visível, precipitando decisões da corte contra ele.
Ô DA POLTRONA!
O deputado Beto Mansur (PRB-SP), primeiro-secretário da Câmara, chegou a dizer no ouvido de Maranhão: "Não faz isso, sai daí", quando ele ocupou a cadeira de Cunha. Tarde demais. O novo comandante da Câmara já tinha sido flagrado na poltrona pela Folha.
MEU AMIGO
Cunha dizia a quem o visitava que um dos primeiros telefonemas que recebeu nesta quinta (5), logo depois da decisão de Teori Zavascki de suspendê-lo do cargo de deputado, foi do vice-presidente Michel Temer.
MEU INIMIGO
E Cunha chegou a se entusiasmar ao saber que os ministros do STF estavam mergulhados em intrigas em torno de seu afastamento. Durou pouco. Foi alertado de que alguns dos magistrados, na verdade, disputavam para ver quem enfiava primeiro a espada no coração dele.
Fonte: Folha de São Paulo
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