A vacina contra vírus Zika entrará em fase de testes no mês de novembro, de acordo com o Ministério da Saúde. O diretor do Instituto Evandro Chagas, no Pará,
Pedro Vasconcelos, anunciou a novidade ao ministro da Saúde, Ricardo Barros, nesta sexta-feira (20). A substância está sendo produzida no instituto em parceria com uma universidade do Texas, nos Estados Unidos.
A vacina estará disponível para os testes pré-clínicos, ou seja, testes em primatas e camundongos. O acordo internacional entra as instituições foi divulgado no último mês de fevereiro, quando o prazo para que esses testes começassem era de um ano.
“As novas tecnologias são fundamentais para conseguirmos acelerar o processo de desenvolvimento da vacina. Se as fases correrem dentro do esperado, em dois anos poderemos ter a vacina pronta para produção”, observou Pedro Vasconcelos, do Evandro Chagas.
A universidade norte-americana é um dos centros mundiais de pesquisas de arbovírus, especializado no desenvolvimento de vacinas e o Instituto Evandro Chagas é referência mundial de excelência em pesquisas científicas. A parceria conta com um investimento de aproximadamente R$ 10 milhões do ministério da Saúde para realização da pesquisa.
“O prazo inicial, de 12 meses, está sendo antecipado para nove meses. Isso mostra a importância do Instituto Evandro Chagas como uma célula fundamental de desenvolvimento de tecnologia em saúde no Brasil”, avaliou o ministro Ricardo Barros.
A previsão é que em fevereiro de 2017 sejam iniciados os testes em humanos, etapa que será executada pelo Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Biomanguinhos/Fiocruz). A vacina deverá ser administrada em dose única, inicialmente, o público-alvo da imunização serão mulheres em idade fértil.
Grávidas
Para o MS, a vacina será fundamental para ajudar a diminuir a incidência dos casos de microcefalia em bebês no Brasil. No entanto, ela não poderá ser aplicada em gestantes, por isso o instituto também desenvolve outra tecnologia, a partir do DNA recombinante do vírus para ser utilizado em grávidas.
Fonte: G1
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