O juiz Ricardo Augusto de Medeiros Moura, da comarca de São Bento do Norte, negou pedido de liminar requerido pela prefeita de Galinhos
Josineide Cunha de Medeiros (processo número- 0100219-47.2016.8.20.0157). Na condição de investigada pela Comissão Especial de Inquérito (CEI) na Câmara Municipal da cidade, a gestora tentava suspender o tramite processual da CEI e o julgamento que pode resultar no seu afastamento do cargo. A acusação que pesa contra a prefeita é a de que teria emitido 30 cheques sem fundo, descobertos após denúncia feita por moradora da cidade. O afastamento da prefeita Josineide será votado pelos vereadores de Galinhos no próximo dia 16 de maio, às 10 horas, no plenário da Câmara de Vereadores do Município.
A denúncia que pode culminar com o afastamento da prefeita de Galinhos foi feita pela moradora Andreia Maria Chaves Pimentel e chegou à Câmara de Vereadores com uma cópia anexada de um cheque devolvido por insuficiência de fundos. O presidente da Câmara, vereador Afrânio Reis (PR), solicitou ao Banco do Brasil cópias de cheques da prefeitura devolvidos pelo mesmo motivo. A surpresa veio quando o banco informou que já eram 30 os cheques sem fundos emitidos pela administração municipal, assinados pela prefeita Josineide Cunha de Medeiros e o tesoureiro Ricardo Araújo. A CEI é composta pelos vereadores Alexandre Wendel de Lima Ribeiro (PMDB), Márcio André da Silva Vale (PSB) e Vanuelbe Lima da rocha (PTB).
Esposa do ex-prefeito e atual tesoureiro Ricardo Araújo, a prefeita Joseneide Cunha de Medeiros vem sofrendo grande desgaste em sua administração. Também pesam contra a prefeita acusações, apuradas em outras CEIs, uma sobre o recolhimento e não repasse do INSS dos servidores e outra sobre o paradeiro da ambulância da cidade, que ninguém consegue localizar. A população e os vereadores apontam descaso administrativo, denuncia falta de aulas, ausência de transporte escolar, escolas sem estruturas e a merenda de péssima qualidade. Na Saúde, reclamam a falta de medicamento e de consultas com especialistas. A precariedade da iluminação e constantes atrasos nos salários dos servidores também são reclamações da oposição, que espera obter sucesso na votação com afastamento da prefeita.
Outros processos de Impeachment
No ano passado, o prefeito de Alexandria, Ney Rossado, foi cassado pela Câmara, devido a processos de improbidade administrativa. Foi o primeiro gestor potiguar a sofrer o processo de impedimento deflagrado pelo legislativo municipal.
Em Natal, o PSOL tentou emplacar a abertura de processo de impeachment contra o prefeito Carlos Eduardo (PDT). No entanto, a Câmara Municipal rejeitou, na última terça-feira (3), a abertura da investigação por 18 votos a 7.
Fonte: Portal Noar
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