Um guariteiro trocou tiros com criminosos na tarde desta sexta-feira (13) na Penitenciária Estadual de Parnamirim (PEP), na Grande Natal. Ninguém ficou ferido. Um
carregador com munições de pistola foi apreendido.
De acordo com o diretor da unidade, Adailton Pessoa de Oliveira, o confronto aconteceu por volta das 15h, durante a troca de guarda. "O guariteiro viu alguns homens perto de um dos muros da unidade e fez um disparo de advertência. "Foi quando eles efetuaram os disparos na guarita e fugiram", explicou o diretor.
Ainda de acordo com Adailton, os agentes fizeram uma contagem dos presos. Ninguém fugiu. "Acreditamos que os homens que atiraram contra a guarita queriam arremessar algo para dentro dos pavilhões, provavelmente drogas e celulares", disse.
Equipes da Polícia Militar foram até a penitenciária e realizaram buscas na região. No entanto, até o fechamento desta matéria ninguém havia sido preso. Munições e um cartucho de pistola foram encontrados nos arredores do presídio.
Sistema em calamidade
O sistema penitenciário potiguar não passa por um bom momento. E faz tempo. Em março de 2015, após uma série de rebeliões em várias unidades prisionais, o governo decretou estado de calamidade pública e pediu ajuda à Força Nacional. Para a recuperação de 14 presídios, todos depredados durante os motins, foram gastos mais de R$ 7 milhões. No entanto, o sistema permanece em crise. Seis meses depois, o decreto de calamidade foi prorrogado por mais 180 dias e a permanência da Força Nacional também renovada.
Já no dia 17 de março deste ano, o governo do Rio Grande do Norte voltou a renovar o decreto de calamidade no sistema prisional potiguar e mais uma vez pediu socorro à Força Nacional. A renovação da calamidade, por mais seis meses, foi assinada pelo governador Robinson Faria. O documento diz que a renovação tem por objetivo "legitimar a adoção e execução de medidas emergenciais que se mostrarem necessárias ao restabelecimento do seu normal funcionamento".
Fugas
Além das unidades depredadas e da superlotação, as fugas também se tornaram um problema constante para o Estado. Somente este ano, 205 detentos já escaparam do sistema prisional potiguar. Alguns já foram recapturados, mas nem a Secretaria de Justiça (Sejuc) nem a Secretaria de Segurança Pública (Sesed) sabem precisar a quantidade de fugitivos que retornaram aos presídios. A média é de 12 fugitivos por semana.
Fonte: G1
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