Expulso na quarta-feira (4), no México, por uma cusparada contra um adversário na partida entre Toluca e São Paulo, o argentino Ricardo Centurión não deverá escapar da punição mínima de seis jogos de suspensão. Se isso
acontecer, ele estará fora da Copa Libertadores.
Ao UOL Esporte, membros da Conmebol afirmaram na manhã desta quinta-feira que há poucas chances de que o Tribunal Disciplinar fuja da pena mínima prevista no código disciplinar da entidade sul-americana, que prevê gancho a partir de seis jogos para cusparada.
O São Paulo se prepara para enfrentar a Conmebol, espera o rigor habitual da entidade, mas tentará atenuar a punição de seis jogos baseado em dois pontos de partida de argumentação: a Conmebol já descumpriu seu próprio código disciplinar com punições brandas a outros clubes nesta edição da Libertadores, e argumenta-se que a pena a Centurión deverá ser atenuada em função do contexto de nervosismo e agressividade vivido no fim do jogo contra o Toluca.
"As experiências do São Paulo com esse tribunal são sempre de rigor. Sempre foram de rigor. Mas existem precedentes com outras equipes em que eles não foram rigorosos. Teve caso de jogador expulso que não cumpriu automática", falou Roberto Armelin, advogado que representa o São Paulo, à reportagem.
Além dos casos em que não houve cumprimento da suspensão automática, servem como exemplo para o São Paulo discutir o cumprimento do código disciplinar dois casos recentes envolvendo clubes argentinos: o episódio do gás de pimenta na Bombonera que tirou o Boca Juniors da Libertadores, mas não contemplou maior punição; e a suspensão de dois jogos para o lateral Leonel Vangioni, do River Plate, depois de desferir um soco em Jonathan Calleri na partida contra o São Paulo, no Morumbi – a pena mínima prevista para agressão é de três jogos, e não dois.
O São Paulo entende, então, que partirá da punição a Centurión por seis jogos de gancho. O entendimento do clube é que será uma vitória caso a punição seja de apenas quatro jogos, por exemplo.
A Conmebol deve enviar ainda hoje a notificação ao São Paulo pela suspensão do argentino. O clube terá três dias para preparar defesa, e o Tribunal Disciplinar da Conmebol definirá a suspensão na semana que vem.
"Estou muito triste, mas já pedi desculpas ao time e ao grupo. Tem muito pela frente. Tomei uma pancada embaixo, levantei e fiz isso. Estou mal pelo que aconteceu", disse Centurión, ao desembarcar em Guarulhos nesta quinta-feira, em entrevista coletiva reproduzida pela ESPN.
Para o técnico Edgardo Bauza, já há mais o que se lamentar: "O jogo estava muito quente, estava muito alterado, os jogadores, o público... Acho que foi um pouco isso, tentei separar nossos atletas. Agora não se pode fazer mais nada", falou o treinador.
Fonte: Uol
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