Um casal foi preso e uma adolescente apreendida suspeitos de tráfico de drogas na tarde desta terça-feira (3) na Zona Sul de
Natal. Numa residência no bairro de Ponta Negra, agentes penitenciários do Grupo de Operações Especiais (GOE) – unidade de elite da Secretaria de Justiça e Cidadania – encontraram 4 quilos de pasta base de cocaína. A droga foi avaliada em quase R$ 200 mil, segundo Leonardo Alves, diretor do GOE.
Leonardo explicou que os suspeitos foram presos após trocarem mensagens com a direção da Penitenciária Estadual de Alcaçuz por meio do celular de um preso. O aparelho foi encontrado no pavilhão 3 da unidade durante uma intervenção feita pelo GOE logo após uma tentativa de fuga ocorrida pela manhã. Alcaçuz, maior presídio do estado, fica em Nísia Floresta, cidade da Grande Natal.
Além de aparelhos celulares, os agentes também encontraram várias facas artesanais dentro do pavilhão. "Um dos celulares chamou a nossa atenção porque não parava de tocar. Ivo Freire, que é o diretor de Alcaçuz, atendeu e nós dois começamos a trocar mensagens com a pessoa do outro lado da linha. Então marcamos um encontro em frente ao estádio Frasqueirão, na Rota do Sol", revelou Leonardo.
Ainda segundo o diretor do GOE, por volta das 15h os agentes encontraram uma jovem de 20 anos no lugar marcado. Ela os levou para uma casa no bairro de Ponta Negra, onde estavam uma adolescente de 14 anos e um rapaz de 23. Com eles, foram apreendidos 4 quilos de pasta base de cocaína. Os três foram detidos e levados para a Delegacia Especializada em Narcóticos (Denarc) e autuados por tráfico de drogas.
“Agora cabe à Polícia Civil investigar e descobrir de quem era o celular que apreendemos em Alcaçuz”, finalizou Leonardo Alves.
Tráfico em presídios
No dia 19 de fevereiro deste ano, em uma operação coordenada pela Denarc, a Polícia Civil do Rio Grande do Norte admitiu que parte das drogas comercializadas na Grande Natal vem de São Paulo, e que todo um esquema logístico estava sendo coordenado de dentro dos presídios do estado. Denominada de 'Barreiros', a operação foi resultado de uma investigações que durou um ano. Ao longo deste tempo, mais de 100 pessoas foram presas - 30 delas (26 homens e 4 mulheres) somente no dia 19, quando a operação foi realizada. E destas 30 prisões, 13 foram executadas dentro de presídios, ou seja, suspeitos que já se encontram encarcerados receberam uma nova voz de prisão. Os mandados foram cumpridos em Natal, Ceará-Mirim e Parnamirim.
Fonte: G1
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