Nesta terça-feira (12), em reunião entre os representantes do Palmeiras e da Crefisa, as partes chegaram a acordo referente as cláusulas do aditivo contratual
proposto pela patrocinadora e estão perto de finalizar sua mais recente rusga.
Incomodada com o que viu como infrações do clube ao contrato de patrocínio, a Crefisa elaborou documento em que especifica o tamanho e o lugar em que suas marcas devem ser exibidas nos uniformes; exigiu que sua marca tenha o mesmo espaço nas "winner t-shirts" (camisas comemorativas usadas pelos jogadores em caso de título); e impôs multa de R$ 2,5 milhões em caso de descumprimento de alguma das cláusulas por parte do clube daqui para a frente.
A empresa chegou a pedir que suas marcas fossem anunciadas no sistema de som do Allianz Parque, mas foi dissuadida ao saber que o Palmeiras não tem autonomia para tomar essa decisão, que teria que passar pela administradora do estádio, a WTorre.
Na reunião desta terça, Maurício Galliote, vice-presidente do Palmeiras, disse que o clube aceita as condições apresentadas. As conversas entre as partes se arrastam há semanas, o que fez com que a patrocinadora não pagasse a última parcela do patrocínio, referente ao mês de abril. Isso fez com que o presidente do clube, Paulo Nobre, colocasse dinheiro próprio para pagar os salários dos jogadores e manter o balanço no azul.
Inicialmente, o Palmeiras pediu a redução da multa para R$ 1 milhão, mas terminou por aceitar o valor proposto pela Crefisa.
A divergência entre as partes começou no final de 2015, motivada pela camiseta comemorativa que a equipe utilizou durante a festa do título da Copa do Brasil. Chamada de "winner t-shirt", a camiseta apresentava as marcas Crefisa e FAM de forma reduzida, o que causou incômodo nos patrocinadores.
No final de fevereiro, em episódio semelhante, o Palmeiras fez campanha de divulgação do programa de sócios-torcedores Avanti nas camisas dos jogadores na derrota para a Ferroviária.
A ação irritou mais ainda a Crefisa, que então propôs o aditivo ao contrato de patrocínio assinado entre as partes.
Com ambas as partes satisfeitas, agora os contratos passarão por análise dos departamentos jurídicos dos envolvidos e então devem ser assinados pelos principais representantes: Paulo Nobre, o presidente do Palmeiras, e José Lamacchia, dono da Crefisa.
Procurado pela Folha, o Palmeiras não quis se manifestar sobre o tema.
Fonte: Folha de São Paulo
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