O presidente dos EUA, Barack Obama, anunciou nesta segunda-feira (25) o envio de 250 militares americanos à Síria, incluindo tropas especiais, para ajudar no combate
à facção terrorista Estado Islâmico (EI).
Obama apontou as recentes vitórias contra a milícia terrorista e disse que as tropas ajudarão "a manter esse momento" contra o EI. A ação aumentará significativamente a presença norte-americana na região, que atualmente conta com 50 soldados.
O anúncio vem uma semana depois que Ash Carter, secretário de defesa dos EUA, ter declarado que mais de 200 tropas americanas serão enviadas ao Iraque, onde forças locais também estão combatendo o EI. A facção controla parte do país.
O presidente, porém, ressaltou que a as tropas americanas na Síria não atuarão no combate direto, mas no treinamento das forças locais.
"[As tropas] não estarão liderando o combate no campo de batalha, mas terão papel essencial em prover treinamento e assistência às forças locais", disse Obama em discurso em Hannover, na Alemanha.
Em seu pronunciamento, o presidente defendeu que ações da Europa e da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) "podem fazer ainda mais" do que medidas isoladas dos países europeus no combate ao EI, apontou que membros da organização deveriam investir ao menos 2% do PIB na defesa e pediu maior contribuição monetária dos Estados para a Síria e Iraque.
"Precisamos de mais nações contribuindo nas campanhas na Síria e no Iraque. Precisamos de mais nações provendo assistência econômica ao Iraque, para que o país possa estabilizar as áreas que controla e quebrar o ciclo do extremismo violento para que o EI não possa voltar."
Obama ainda disse que a Europa e os EUA estão mais seguros quando recebem pessoas de todas as origens e crenças, incluindo os muçulmanos, e pediu para que as nações se comprometam a ajudar os migrantes e refugiados.
"Nós não podemos virar nossas costas aos seres humanos que estão aqui agora e precisam de nossa ajuda", disse.
Novamente, Obama defendeu as decisões da chanceler alemã, Angela Merkel, em relação à crise migratória, que tem adotado políticas de acolhida dos refugiados.
Ele se reunirá nesta segunda com Merkel, o presidente francês, François Hollande, e os premiês italiano, Matteo Renzi, e britânico, David Cameron. É previsto que a guerra civil na Síria seja discutida, mas os principais temas da reunião deverão ser a crise de refugiados na Europa e a proposta de um tratado de livre comércio entre a União Europeia e os Estados Unidos.
Fonte: Folha de São Paulo
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