O ministro da Justiça, Eugênio Aragão, deverá ser ouvido pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado (CCJ) na próxima quarta-feira (6), às 11h30.
Ele vem ao Senado a pedido do senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES) e, na ocasião, deverá apresentar não só seu plano de ação para a pasta, mas também explicar eventuais ameaças de intervenção na Polícia Federal e no Poder Judiciário em função dos desdobramentos da Operação Lava-Jato (que investiga desvio de recursos da Petrobras).
Entrevista do ministro da Justiça ao jornal Folha de S. Paulo, publicada no dia 19 de março, foi a motivação do requerimento de Ferraço. Chamou atenção do parlamentar a seguinte declaração de Aragão, feita um dia após sua posse no governo: “cheirou vazamento de investigação por um agente nosso, a equipe será trocada, toda. Não preciso ter prova. A Polícia Federal está sob nossa supervisão”.
Dois dias após a publicação da entrevista, o jornal trouxe nova reportagem – segundo assinalou ainda no requerimento – informando a decisão do governo de mudar, no prazo de até 30 dias, o comando da Polícia Federal. Diante do fato, o parlamentar fez questão de destacar a relação de subordinação existente entre a Polícia Federal e o Ministério da Justiça.
“É preciso esclarecer se a atuação do ministro se dará com a isenção e imparcialidade necessárias para o bom andamento da pasta.”, afirmou Ferraço, que ressaltou ainda relações pessoais declaradas por Aragão com ex-deputados federais pelo PT, como Sigmaringa Seixas (DF) e José Genoíno (SP).
Fonte: Agência Senado
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