Um jornalista somali vinculado aos insurgentes islamitas radicais shebab foi executado na madrugada desta segunda-feira (11) em Mogadíscio, capital da
Somália. Hassan Hanafi foi condenado por ter organizado o assassinato de cinco de seus colegas entre 2007 e 2010.
Vários repórteres acompanharam a execução do condenado, que foi detido em agosto de 2014 em Nairóbi, a capital do Quênia, e extraditado à Somália no fim do mesmo ano.
"Havia confessado e se reconheceu culpado de ter organizado as mortes de vários jornalistas somalis (...). Foi executado", declarou Abdulahi Hussein, funcionário de alto escalão do tribunal militar que julgou o jornalista.
No sábado (9), dois shebab haviam sido executados na capital somali depois de se declararem culpados de terem assassinado uma jornalista da televisão nacional no fim de 2015.
A Somália era um dos países mais perigosos do mundo para exercer o jornalismo: 45 repórteres foram assassinados desde 2007, quando os shebab tiveram acesso ao poder, segundo o Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ).
A Repórteres Sem Fronteiras (RSF) situa a Somália no posto 172 de 180 países em sua classificação sobre a liberdade de imprensa.
Os shebab, que enfrentam o governo somali, realizam regularmente ataques contra autoridades governamentais e jornalistas, que também se tornam, com frequência, alvos de empresários ou políticos, descontentes com a cobertura midiática de assuntos que os afetam.
Fonte: G1
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