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segunda-feira, abril 11, 2016

Incêndio em templo na Índia mata dezenas

Incêndio provocou explosão que destruiu prédio do templo (Foto: ANI / via Reuters)Dezenas de pessoas morreram neste domingo (10) em um incêndio em um templo em Puttingal, no estado de Kerala, no sul da Índia, devido a uma
explosão de material pirotécnico, informam as agências internacionais de notícias. Famílias estavam reunidas para celebrar o Ano Novo hindu, de acordo com a France Presse.
O número de mortos ainda é incerto, mas as agências estimam que o incêndio e a explosão mataram mais de 100 pessoas. Anteriormente, o número de 84 mortos foi informado pelo diretor-geral de polícia de Kerala, Senkumar, ao jornal “The Indian Express”. Cerca de 350 pessoas ficaram feridas, segundo dados do Ministério do Interior.
O primeiro-ministro da Índia, Narenda Modi, ordenou esvaziar o local com a ajuda de helicópteros. Modi pediu ao chefe do governo de Kerala, Oommen Chandy, "a transferência imediata via helicóptero" dos feridos em estado crítico.
O dirigente indiano expressou condolências às famílias dos mortos. "Arrasador e estremecedor", disse ele ao avaliar a situação.
Segundo o canal de televisão "India TV", a Força Aérea da Índia enviou quatro helicópteros Me-17 e ALH a partir do estado vizinho de Tamil Nadu.

Policiais levam feridos para uma ambulância após incêndio e explosão em templo na Índia (Foto: ANI / via Reuters)Policiais levam feridos para uma ambulância após incêndio e explosão em templo na Índia (Foto: ANI / via Reuters)

De acordo com a imprensa local, o fogo começou às 3h30 (horário local, 19h de sábado, 9, em Brasília), devido a uma faísca que caiu sobre um prédio no qual se armazenavam os fogos de artifício, alguns deles muito potentes.
Testemunhas citadas pela agência “Ians” indicaram que as chamas provocaram uma enorme explosão, que estremeceu casas a 1 km de distância. Um prédio do templo desabou, segundo a BBC.

Um homem ferido leva seu filho antes de receber atendimento médico em um hospital (Foto: ANI / via Reuters)Um homem ferido leva seu filho antes de receber atendimento médico em um hospital (Foto: ANI / via Reuters)

No momento do incêndio entre 10.000 e 15.000 pessoas participavam da celebração e do espetáculo de fogos de artifício, diz a Efe. Soldados de equipes de resgate, bombeiros e policiais trabalham no local, de acordo com o governo indiano.
Os feridos foram levados para dez hospitais da região, e, segundo o canal “NDTV”, o ministro do Interior de Kerala, Ramesh Chennithala, “todas as medidas” foram tomadas em Ernakulam e Thiruvananthapuram, capital do estado, para garantir o atendimento às vítimas.
Os feridos com queimaduras graves estão sendo tratados na Faculdade de Medicina do governo em Thiruvananthapuram, a capital do estado.
O diretor do hospital Thiruvananthapuram Medical College, na capital de Kerala, afirmou que alguas vítimas apresentam feridas tão graves que terão que passar por amputações, afirma a France Presse.
"Muitos têm queimaduras em mais de 50% do corpo", declarou D. Mohandas ao jornal The Hindou.
O incêndio é o pior nos últimos dez anos na Índia, após o que deixou 91 mortos em uma escola de Tamil Nadu em 2004, a maioria crianças.
O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, anunciou que pretende visitar o local e prometeu 200.000 rupias (3.000 dólares) de indenização às famílias dos mortos e 50.000 rupias para os feridos.
"Não há palavras para dizer a que ponto o incêndio no templo de Kollam é doloroso e chocante. Meus pensamentos estão com as famílias dos falecidos e minhas orações com os feridos", escreveu o chefe de Governo no Twitter.
Kerala tem em vigor uma lei que proíbe a utilização de material pirotécnico, mas as autoridades expedem permissões pontuais para seu uso em celebrações específicas.
O Ministério das Relações Exteriores do Brasil divulgou uma nota lamentando a tragédia: "Neste momento de luto e dor, o Governo brasileiro manifesta suas sinceras condolências aos familiares das vítimas e empenha sua solidariedade ao Governo da República da Índia", diz um trecho da nota.

Ambulância e parte do templo, ao fundo (Foto: ANI / via Reuters)Ambulância e parte do templo, ao fundo (Foto: ANI / via Reuters)

Fonte: G1

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