Em seu discurso durante a cerimônia de acedimento da tocha olímpica nesta quinta-feira (21), o presidente do COI, Thomas Bach, afirmou que o Brasil passa por dias
difíceis e que a Olimpíada do Rio será um grande legado para o país e para o mundo.
"Apesar das dificuldades que o Brasil enfrenta hoje, a chama é um lembrete eterno de que somos todos parte de uma mesma humanidade. Este será o grande legado da Olimpíada para o Brasil e para o mundo", disse o dirigente.
"Pela primeira vez, os Jogos serão sediados na América do Sul. Essa marca mostra nossa universalidade. O Rio de Janeiro, com o apoio de todos os brasileiros, vai celebrar uma demonstração gigante de suporte humano. Esses Jogos serão uma mensagem de esperança em dias difíceis", acrescentou.
Carlos Arthur Nuzmann, presidente do COB (Comitê Olímpico do Brasil) e chefe do comitê Rio-2016, também participou do evento, que foi realizado em Olímpia, na Grécia, berço dos Jogos Olímpicos. O dirigente também citou o momento de instabilidade que o Brasil vive diante das crises econômica e política.
"A tocha olímpica traz uma mensagem que pode e vai unir o nosso querido Brasil, um país que está sofrendo muito mais do que merece em sua busca de um futuro melhor", disse.
"Com grande emoção e energia, estamos aqui, na sagrada terra de Olímpia, para o início dos Jogos. Os Jogos começam hoje", acrescentou.
Por conta do processo de impeachment, que avançou para o Senado no domingo (17), a presidente Dilma Rousseff desistiu de participar da cerimônia. O anúncio foi feito início do mês.
Após o discurso dos dois dirigentes, a tocha olímpica foi acesa. O primeiro atleta a portar a tocha foi o grego Eleftherios Petrounias, ginasta campeão mundial da prova de argolas. Ele passou o objeto para o ex-jogador de vôlei Giovane Gávio, bicampeão olímpico nos Jogos de Barcelona-1992 e Atenas-2004, que será o primeiro brasileiro a cumprir uma perna no revezamento.
O evento na pequena cidade, que fica a cerca de 300 km de Atenas e mais parece um vilarejo –tem cerca de 15 mil habitantes–, teve a representação de sacerdotisas e personagens que remetem ao imaginário da Grécia antiga.
A tocha ainda rodará alguns dias por cidades do país até parar em Atenas, no dia 27.
Ainda passará por Lausanne, sede do Comitê Olímpico Internacional, e por Genebra, sede da ONU, antes de partir para o Brasil. A aterrissagem ocorrerá no dia 3 de maio, em Brasília –o fogo olímpico passará por mais de 300 cidades do país, de todos os Estados.
No primeiro dia na capital federal, a maior atração deve ser o ex-atleta Joaquim Cruz, campeão olímpico dos 800 m nos Jogos de Los Angeles e prata na mesma prova em Seul-1988. Coube a ele acender a pira dos Jogos Pan-Americanos do Rio, em 2007.
O revezamento da tocha foi idealizado antes dos Jogos Olímpicos de Berlim-1936, pelo alemão Carl Diem, e se mantém como um dos grandes chamarizes da Olimpíada.
A data de abertura dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro está marcada para o dia 5 de agosto.
Fonte: Folha de São Paulo
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