A Sondagem das indústrias Extrativas e de Transformação do Rio Grande do Norte, elaborada pela FIERN, mostra que, na percepção da maioria dos
empresários, a produção industrial potiguar manteve a tendência de queda no ritmo de recuo iniciado em janeiro. Ou seja, a produção continuou em queda no mês de março, mas de forma moderada. Tal moderação resulta de uma melhora nas avaliações tanto das pequenas quanto das médias e grandes indústrias no que diz respeito ao comportamento da produção e na maioria dos indicadores. Contudo, para o conjunto da indústria, persiste o cenário de menor dinamismo da atividade industrial e, consequentemente, do número de empregados. O nível médio de utilização da capacidade instalada (UCI), por sua vez, aumentou de 66% para 68%, entretanto, ainda é considerado pelos empresários consultados como abaixo do padrão usual para meses de março, comportamento que se vem repetindo ininterruptamente desde setembro de 2011.
Embora ainda confirme baixo dinamismo, a Sondagem traz também sinais alentadores. Os estoques de produtos finais caíram, e estavam abaixo do nível desejado pelo conjunto da indústria. Ressalte-se que os dois indicadores atingiram os níveis mais baixos dos últimos 12 meses, o que aponta provável retomada da produção nos próximos seis meses para recomposição dos estoques. Reforça esta hipótese, o aumento no indicador de intenção de investimentos e as expectativas otimistas em relação à evolução da demanda e à quantidade exportada. Todavia, podem, contrariá-la o alto nível das taxas de juros, a insatisfação dos empresários com as margens de lucro operacional e com a situação financeira de suas empresas e o elevado custo da energia elétrica.
O principal problema do trimestre, na opinião dos empresários potiguares, foi a elevada carga tributária; seguida pela falta ou alto custo da energia, pelas altas taxas de juros, pela falta ou alto custo da matéria-prima e pela inadimplência dos clientes.
Comparando-se os indicadores avaliados pela nossa Sondagem Industrial com os resultados divulgados dia 20/04 pela CNI para o conjunto do Brasil, observa-se que, as avaliações convergiram, com a diferença de que entre as grandes empresas nacionais os estoques de produtos finais aumentaram e foram considerados por estas como acima do planejado.
Fonte: Portal Noar
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