O Sindicato dos Advogados do Estado de São Paulo vai denunciar o juiz Sergio Moro ao CNJ (Conselho Nacional de Justiça) a pedido de Roberto Teixeira, um dos
advogados do ex-presidente Lula.
A entidade encaminha ao CNJ nesta quarta (9) um pedido de apuração da conduta do juiz da Operação Lava Jato.
Teixeira, que é associado do sindicato, procurou a direção com o argumento de que está tendo suas prerrogativas profissionais violadas. Para o advogado, o juiz tenta envolver suas "atuação profissional" nos fatos investigados pela operação.
No comunicado de condução coercitiva do ex-presidente Lula, Moro se referiu a Teixeira como "pessoa notoriamente" próxima ao petista e afirmou que ele intermediou a coleta de assinaturas para a compra do sítio em Atibaia (SP). O defensor diz que os "fatos demonstram apenas o exercício da advocacia".
"Ele [Teixeira], de certa maneira, está sendo intimidado e nos pediu para tomar providências", diz o presidente do sindicato, Aldimar Assis.
Na representação ao CNJ, a entidade pede que seja apurada a conduta de Moro, "para ver se ele está infringindo a lei da magistratura", segundo Assis. "Agora vai ser apurado. E o juiz que esclareça o que ele está fazendo."
A punição para o magistrado, caso o conselho concorde com as acusações da denúncia do sindicato, pode ir desde advertência e censura até aposentadoria compulsória e demissão.
Procurada, a assessoria de imprensa do juiz afirmou que "dr. Sergio não irá comentar o tema".
Fonte: Folha de São Paulo
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