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quinta-feira, março 17, 2016

Segundo acusado de crime que chocou o RN em 2009 é condenado

Kleisson de Souza Freitas da Silva (Foto: Arquivo Pessoal)Foi condenado a 24 anos e 9 meses de prisão em regime fechado, em júri popular realizado na manhã desta quinta-feira (17), em Natal,
Kleisson de Souza Freitas da Silva. Ele foi considerado culpado por participação na morte da estudante Maria Luiza Fernandes Bezerra, de 15 anos – crime que chocou o Rio Grande do Norte em 2009. O julgamento aconteceu no Fórum Miguel Seabra Fagundes, na Zona Sul da cidade. Cúmplice no crime, Thiago Felipe Rodrigues Pereira, o 'Thiago Cabeção', já havia sido condenado. Julgado em novembro de 2014, ele pegou 26 anos e três meses de prisão, também em regime fechado.

Thiago Felipe Rodrigues Pereira foi inocentado da acusação de matar Francinildo Cordeiro, assassinado em 2008 na zona Oeste de Natal  (Foto: Adriano Abreu/Tribuna do Norte)Thiago Felipe Rodrigues Pereira, o Thiago Cabeção
(Foto: Adriano Abreu/Tribuna do Norte)
Assim como aconteceu com Thiago, o réu Kleisson Souza também foi condenado pelos crimes de homicídio triplamente qualificado (18 anos de reclusão); cárcere privado (3 anos de reclusão); furto simples (1 ano e 3 meses de reclusão e 20 dias-multa); ocultação de cadáver (1 ano e 3 meses de reclusão e 20 dias-multa) e vilipêndio a cadáver (1 ano e 3 meses de detenção e 20 dias-multa). Durante todo o proceso de investigação e julgamento, ambos negaram ter assassinado a estudante.
Durante os debates, ocorridos com regularidade, o representante do Ministério Público postulou a condenação do réu em todos os crimes dos quais Kleisson havia sido denunciado e ainda pediu que fosse desconsiderada a tese da defesa, que alegava a condição de semi-imputabilidade do acusado. Semi-imputável é o indivíduo que, embora aparentemente são, não tem plena capacidade de entender o caráter ilícito de um fato.

Maria Luiza, de 15 anos, morta em 2009 (Foto: Arquivo da família)Maria Luiza, de 15 anos, morta em 2009
(Foto: Arquivo da família)
Já a defesa, sustentou que Kleisson era inocente, alegando não haver provas para a condenação e ainda insistiu com a tese da semi-imputabilidade do acusado.
Por fim, os membros do júri entenderam que Kleisson, além de ter cometido todos os crimes que lhes foram atribuídos, sabia o que estava fazendo.
O crime
Maria Luiza saiu de casa no dia 21 de abril de 2009 (feriado de Tiradentes) para se encontrar com o namorado em uma lan house. Ela não chegou ao destino. Seis dias depois, o corpo da adolescente foi encontrado nu e já em avançado estado de decomposição em um lixão no bairro de Felipe Camarão, na Zona Oeste de Natal. A perícia constatou que a adolescente foi estuprada e estrangulada.
O promotor Augusto Flávio Azevedo conta que o assassinato de Maria Luiza teve uma "combinação de desejo e estímulo de droga". "Há um desejo reprimido pela moça da parte de um dos acusados, o Thiago, e um flagrante do envolvimento de ambos os acusados com drogas. Os dois andavam juntos. Era um dia esquisito e chuvoso quando a menina foi pega a força e colocada em um carro. Ela sofreu diversos abusos, foi morta e o corpo foi desovado", acrescentou.

Fonte: G1

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