Em nota enviada ao jornal "O Estado de S. Paulo", "a Microsoft confirma o fechamento programado de determinadas lojas físicas da marca Microsoft Store - Revendedor Autorizado no Brasil", afirmando que esta é uma decisão estratégica e feita em conjunto com seus franqueados. No mesmo comunicado, a empresa esclarece que "continuará com o serviço online da marca, operando normalmente e atendendo todo o território nacional".
Única loja do Estado de São Paulo mantida pela empresa, o ponto de venda do Shopping Eldorado tinha um espaço dedicado para produtos e novidades especiais da companhia. Em uma seção específica, era possível testar o sensor de gestos e voz Kinect, vendido em conjunto com o videogame Xbox. Procurados pela reportagem do jornal, vendedores da loja disseram não saber sobre o fechamento do estabelecimento.
No Rio de Janeiro, fecharão as portas seis lojas e três quiosques da empresa, todos localizados em shopping centers do Estado. A Águia também fecha seus espaços em Minas Gerais, Maranhão, Rio Grande do Norte, Paraná e Amazonas.
As lojas de Alagoas, Bahia, Ceará, Goiás, Pernambuco e Sergipe - 23 ao todo - continuarão abertas, uma vez que não são vinculadas à rede da Águia Telecom. Procurada, a rede de franqueadas Águia Telecom não respondeu às solicitações da reportagem.
Lumia
O fechamento coincide com o mau desempenho da linha de smartphones da Microsoft. A estratégia da companhia foi reduzir seu ritmo de lançamentos, focando em aparelhos premium como o Lumia 950.
No último trimestre de 2015, a linha teve queda em vendas de 57%, na comparação com o mesmo período do ano anterior, com 4,5 milhões de unidades entre outubro e dezembro - índice mais baixo de vendas desde o final de 2012 e responsável por apenas 1% do mercado global de smartphones.
Como base de comparação, a Apple teve um aumento de 0,4% na venda de iPhones (batendo mais uma vez um recorde histórico), e a Samsung teve crescimento de 14%, no mesmo período.
A empresa enfrentou ainda o fato de que seu sistema operacional móvel, o Windows Phone, não empolgou os usuários. "Muitos usuários reclamavam da falta de aplicativos e da ausência de atualizações", diz Leonardo Munin, analista da consultoria IDC Brasil.
Para o especialista, fatores como a crise, a alta do dólar e o fim da MP do Bem, que isentava smartphones de até R$ 1,5 mil de PIS/Cofins, podem ter afetado a decisão da Microsoft por aqui. "O mercado brasileiro teve queda de 15% em 2015, e deve ter a mesma queda em 2016", explica Munin.
Para Eduardo Pellanda, professor da Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio Grande do Sul, a Microsoft não conseguiu transformar "o potencial da Nokia em inovação". As informações são do jornal "O Estado de S. Paulo".
Fonte: Uol
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