Uma transfusão com sangue contaminado por dengue pode ter sido a causa da morte de uma jovem em tratamento contra a
leucemia na última quinta-feira. Janaína Carvalho, 21, era moradora de Juiz de Fora, na Zona da Mata. O caso foi divulgado pelo deputado estadual Noraldino Júnior (PSC), parente da paciente.
Segundo o deputado, a jovem estava internada no hospital Ascomcer à espera de um transplante de medula óssea. Como estava fragilizada por causa da doença, ela precisava receber transfusões frequentemente. Nesta semana, um dos doadores procurou o hospital para avisar que, no dia seguinte à doação, foi diagnosticado com dengue. Porém, o sangue já havia sido utilizado no tratamento de Janaína, que teve uma piora em seu quadro clínico após a transfusão e morreu nesta quinta.
“Diante da verdadeira epidemia de dengue em nosso país, o sangue doado não deveria ser testado antes de ser oferecido a pacientes? O caso da Janaína me fez pensar que situações semelhantes podem estar acontecendo e precisamos averiguar e esclarecer os critérios”, desabafou o deputado nas redes sociais. A reportagem procurou nesta sexta à noite o Hemominas e o hospital, mas ninguém foi encontrado.
Para o presidente da Sociedade Mineira de Infectologia, Estevão Urbano, o único jeito de saber se a transfusão causou o óbito é fazendo o exame de dengue isolado na paciente. “Uma pessoa com leucemia pode ter diversas causas de morte”. O médico alerta que a epidemia de dengue no país de fato levanta a discussão sobre fazer a pesquisa de dengue nos sangues doados. O padrão é pesquisar HIV, hepatite, sífilis e doença de chagas. “O mais importante é a pessoa que doar ter certeza que não tem sintomas”.
Fonte: O Tempo
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