A identificação dos 31 mortos nos ataques de Bruxelas pode demorar semanas em razão da gravidade dos ferimentos causados pelos destroços das bombas nos corpos, disse nesta sexta (25) o porta-voz da polícia federal da
Bélgica, Michael Jonnois.
Três dias após os atentados, o governo ainda não divulgou oficialmente nenhuma lista de vítimas.
Jonnois afirmou que o fato de não haver uma lista de passageiros de um vagão de metrô ou no check-in de um aeroporto dificulta mais o trabalho dos peritos. "Isso vira uma catástrofe 'aberta'."
Soma-se o fato de haver registros de vítimas, entre mortos e feridos, de pelo menos 40 países. Quando, por exemplo, legistas pedem a parentes que deem algum objeto da vítima para exames de DNA, precisam esperar dias até o material chegar à Bélgica.
De acordo com o porta-voz, os peritos coletaram todos os objetos pessoais na cena da explosão, como carteiras e joias, e estão checando detalhes como altura e cor do cabelo com os parentes que já se apresentaram à equipe de identificação. "Queremos ter 100% de certeza. Não podemos nos permitir ter a menor dúvida", afirmou Jonnois.
O legista Philippe Boxho, que participa da força-tarefa, disse à AFP que as vítimas mais próximas da explosão tiveram seu corpo desfeito, dado o poder do explosivo.
A confirmação de mortes nos ataques tem vindo de governos de outros países.
Nesta sexta (25), funcionários dos EUA revelaram que dois americanos estão entre as vítimas. Segundo a rede CBS, eles são os irmãos Sascha e Alexander Pinczowski.
Os dois haviam visitado parentes na Holanda e estavam voltando para os EUA. Ainda de acordo com a emissora americana, eles estavam falando ao telefone com sua mãe quando ela ouviu um forte estrondo e a ligação caiu.
Também foram dados como mortos uma pessoa de nacionalidade chinesa, uma britânica e ao menos duas holandesas. O britânico é o programador David Dixon, 51.
Já se sabia da morte da peruana Adelma Tapia Ruiz, 37, e dos belgas Leopold Hecht, 20, e Olivier Delespesse, cuja idade não foi divulgada.
SOBREVIVENTE
O missionário americano Mason Wells, 19, ferido no aeroporto, disse que "Deus o ajudou" a manter a calma. "A explosão foi muito forte. Tive sensações quentes e frias, estava coberto de sangue –não necessariamente meu."
Segundo a família, Wells estava perto do local do atentado à maratona de Boston (2013) e vivia em Paris nos ataques de novembro.
Fonte: Folha de São Paulo
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