Presos tocaram fogo em colchões dentro da Penitenciária Desembargador Francisco Pereira da Nóbrega, o Pereirão, na cidade
de Caicó, na região Seridó potiguar. De acordo com a direção da unidade, o princípio de motim foi controlado ainda na manhã desta quinta-feira (24).
Vice-diretor da penitenciária, Ednaldo Cândido informou que os detentos do pavilhão B começaram o tumulto e queimaram colchões. O Corpo dos Bombeiros foi acionado e, ainda segundo Ednaldo, conseguiu controlar os focos de incêndio.
No dia 25 de agosto do ano passado, quatro dos cinco pavilhões do Pereirão foram parcialmente destruídos durante uma rebelião. Na ocasião, os presos quebraram cadeados, arrancaram grades das celas, arrombaram paredes e incendiaram colchões e lençóis, tudo na tentativa de vingar a morte de um interno assassinado a facadas durante uma briga envolvendo membros de facções rivais. Só o Pavilhão D, que é feminino, não foi depredado. Não houve mortes, mas 15 presos foram levados para atendimentos de primeiros socorros no Hospital Regional do Seridó.
Calamidade
O governo do Rio Grande do Norte renovou por mais seis meses o estado de calamidade no qual se encontra o sistema prisional potiguar. A medida, que foi publicada no dia 17 deste mês, prorroga a situação decretada há um ano em razão de uma série de rebeliões que destruiu boa parte das 33 unidades prisionais mantidas pelo estado. Neste período, o Rio Grande do Norte recebeu o reforço de 200 policiais da Força Nacional e gastou mais de R$ 7 milhões na reconstrução dos presídios depredados. Muitos deles, destruídos novamente. Segundo o secretário Cristiano Feitosa, ao longo deste um ano de calamidade o sistema prisional potiguar “melhorou muito pouco”.
A renovação do decreto diz que o objetivo é "legitimar a adoção e execução de medidas emergenciais que se mostrarem necessárias ao restabelecimento do normal funcionamento" das unidades prisionais do estado.
Em agosto do ano passado, detentos do Pereirão quebraram cadeados, arrancaram grades das celas, arrombaram paredes e incendiaram colchões e lençóis (Foto: Divulgação/Polícia Militar)
Fonte: G1
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sua opinião é muito importante para nós, comente essa matéria!